quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Tragédia em Santa Catarina

A primeira vez que estive em Santa Catarina foi em 1973. Fui visitar e conhecer a família de João Steiner que, na época, era meu companheiro de quarto na república. Era julho, fazia frio. Lembro que veio, como agora, aquela sequência de chuva que inundou tudo. Estavamos na serra catarinense. Não fomos atingidos. Mas ficamos ilhados três dias. Esperamos as águas baixarem para voltar. Passamos, no fusquinha de João, por Tubarão cuja enchente levou a água ao teto das casas. Foram quilômetros e quilômetros de chão tomado pela água. A estrada, BR116, na época com uma só pista, ficava um pouco acima do nível do chão. Essa catástrofe chegava até Itajaí. Governador (já era o Espiridião), ministro do Interior (Andreazza) faziam discursos com aspecto contrito. "Vamos dar atendimento à toda população flagelada" dizia Andreazza, já candidato enrustido a presidente.
Passaram-se o quê? Trinta e cinco anos. E o que vemos é a coisa se repetindo. Durante 35 anos tiveram tempo para estudar, planejar e achar formas de evitar/minimizar o problema. Até eu tenho idéia. Falta vontade política. Alguns nominariam "verba". Eu acho que o problema não é esse, não.

domingo, 23 de novembro de 2008

Sergio Cabral briga contra a BlueJet

A BlueJet, aquela companhia que promete vir quebrando toda a louça da aviação no Brasil, desistiu de instalar sua base no Rio e foi prá Viracopos. Sérgio Cabral fez lobby contra sua operação no Santos Dumont. Palmas para nosso governador! Agora São Paulo tem dois aeroportos operando como hub. O Rio continua sem nenhum. Depois reclamam dos paulistas! Com gente como Sergio Cabral na cabeça (Garotinho andou aprontando com a Petrobrás, também), o Rio não precisa de paulista competente brigando por São Paulo. Mercadante agradece.

Elio Gaspari reclama da AA

Eli Gaspari reclama da grosseiria dos comissários da American Airlines com os brasileiros. Sugere um boicote. Mas eu pergunto: e a ANAC? Não era prá ser Agência Nacional de Aviação Civil? No link para a ouvidoria há um texto bonito. "A Ouvidoria é mais que isso...", "A Ouvidoria é mais que aquilo...". Pois é. Ninguém jamais falou que a Ouvidoria tenha recebido reclamações e encaminhado. Ninguém, nem mesmo Elio Gaspari a cita. Por que? Será que tentando ser mais do que isso e aquilo ela não venha a ser nada? Vamos testá-la?

sábado, 15 de novembro de 2008

Operação Satiagraha: Protógenes omitiu.

Definitivamente somos contaminados pelo formato da novela. Cada dia um novo lance no show. Parece que o juiz de Sanctis pediu para o delegado Protógenes não contar sobre as operações aos superiores pois se desconfia do envolvimento de escalões superiores. Acusam a ABIN de estar por trás do grampo do telefone do Presidente do STF. O deputado Raul Jungmann (que é do PSDB, oposição pois) processa o juiz de Sanctis por improbidade processual. Mais um caso para o detetive Poirot: todos parecem suspeitos e cada personagem que entra, vem do inesperado e também entra na lista. Lembram do caso PC Farias? Mas parece que, mais uma vez, ao contrário das aventuras do herói de Agatha Christie, no final não se desvenda o caso. Fica tudo no mistério. Será que é a falta de lareira na sala de visitas?

TAM: culpados por tragédia não devem ser presos

A respeito da tragédia da TAM em Congonhas, vemos o promotor (veja só, aquele supostamente na posição de acusar) Mário Luiz Sarrubo declarar: "Estamos diante de um crime culposo (sem intenção). Prefiro acreditar ainda no ser humano e imaginar que ninguém tinha intenção de cometer esse acidente, e sim que ele é resultado de negligências". Independente das crenças de nossos agentes judiciais, independente de suas convicções, alguém poderia me dizer qual é a diferença entre um ato doloso e um ato negligente? Se a consequência é a mesma, qual é a diferença? Quando será que nós, latinos de origem e católicos orfãos de Rousseau, vamos aprender que o que importa é o ato, o fato, e não a intenção? Os nórdicos e teuto-saxões já aprenderam isso a muito tempo! Me lembra aquele sketch do Casseta-Planeta. O gaiato empurra o sujeito na porta do avião aberta, em pleno vôo, e sem paraquedas. Aí grita para o infeliz em plena queda-livre: foi mal! Ou será que isso é só conversa? Não parece também uma desculpa esfarrapada? Mas vale o comentário acima. Se o promotor está mal-intencionado, por que será que essa desculpa cola?

sábado, 18 de outubro de 2008

E-Mail a Arnaldo Bloch

Prezado Arnaldo,
A respeito de sua coluna de hoje, 18/10/2008, você escreve: "Brando passou manteiga na bunda de Maria Schneider". Olha, eu acho que isso é lapso de memória, já que acredito piamente que você viu o filme. Eu não pude ver, quando foi lançado, na década de 70. Os censores da época achavam que perderia meus bons costumes se o visse. Fui vê-lo anos depois, quando morei na França e, sinceramente, perdi os meus bons costumes! Mas, voltando à cena, Arnaldo, foi o contrário. Tanto que minhas parceiras também perderam os bons constumes. Tive que chamar a atenção de uma, que queria dar uma de Maria Schneider, para o detalhe que ela, Maria, tinha cortado a unha em cena antes do ato, afinal. Maria Schneider não tinha bunda (embora sua xoxota fosse linda, ruiva, com efeito de luzes natural). Se fosse como você descreveu, a cena perderia intensidade.
Por outro lado, respondendo rapidamente sua pergunta: "Quem é o maior intelectual do Brasil?" eu direi: sou eu! Tenho 1,86m de altura e 120 quilos. Tem alguém maior do que eu? Agora só falta a parte do intelectual...

Seu leitor e admirador,

João Luiz Kohl Moreira

NB. Se me honrar em abrir essa mensagem ao público, por favor, preserve minha identidade. Prefireria que usasse meu pseudônimo Benedito Moreira. É uma questão pessoal, sabe. Mas não pense que sou megalomaníaco. Escrevo essa nota somente pensando em uma possibilidade.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Elio Gaspari e os Ministros da Fazenda

Elio Gaspari é um grande reporter mas sua visão de mundo, às vezes, parece tacanha. Hoje ele reclama que os ministros da fazenda, tanto aqui quanto nos EUA jamais "apertaram um parafuso". Disse que o último comprometido com a indústria por aqui foi Dilson Funaro. Elio deixa escapar que desconhece a lógica do capitalismo. Acha que o mundo se restringe a compromissos de uns com interesses de outros. Como se houvesse opção. Feliz e infelizmente, eu não estava no Brasil no período de Funaro. Infelizmente porque perdi um dos períodos mais histriônicos da história do Brasil. Felizmente porque fui poupado das consequências de sua catastrófica política do Plano Cruzado. Elio se esquece disso. Elege Funaro como um desses salvadores, lembrando-se apenas do discurso e esquecendo a prática. Como se Funaro tivesse iniciado sua carreira de industrial como auxiliar de ferramenteiro. Por sinal, será que Elio começou no jornalismo juntando tipos na gráfica do jornal? Do contrário como terá autoridade para representar o universo do jornalista? Ou então, será que ele teve um dos filhos de Roberto Marinho como seu foca? Se não, sua crítica de hoje se estende aos seus patrões nO Globo. Prá finalizar, a queixa de Elio Gaspari me faz recordar do discurso na minha formatura de meu diretor na faculdade, José Goldenberg. Sua postura grave indicava a seriedade com que encarava sua opinião. "O mundo já foi dos médicos. Também já foi dos advogados, dos engenheiros... Hoje é dos economistas. (pausa) Chegará a vez dos físicos!" Não é por nada não. Lidar com o mercado com equações da Mecânica Quântica? Mal posso esperar! Vocês não perdem por esperar! Físicos, uní-vos.

sábado, 27 de setembro de 2008

Última Parada 174 - O Filme

Tô doido prá ver esse filme "Última Parada 174", de Bruno Barreto. Gosto dele. É bom cineasta. Mas para elogiar o filme, Arnaldo Bloch, nO Globo de hoje senta a porrada nos outros. É "espetacularização de Cidade de Deus", "heroicização irrefletida da truculência policial (e estigmatização do consumidor de drogas) perpetradas com sensualidade, no grande cine-clipe de Tropa de Elite", "discursos ingênuos ou crivados de cultura-ONG ... de Maré, nossa história de amor" (que eu não vi, nem sabia que existia) e, finalmente "comédia de classe média alta ... no divertido Meu nome não é Johnny". Precisava? Não é necessário baixar o pau em uns para consagrar outros. Toda obra de arte traz consigo um posicionamento, é claro! Senão vira relatório técnico. Sempre há um ponto de visto, do contrário não há como enxergar os fatos. Além do que, pelo que Arnaldo descreve, o "Última parada" não passa de um filme piegas acerca de uma tragédia anunciada de um moleque qualquer. Tomara que não seja. Qualé Arnaldo? Tu só gosta de pieguisse? Vai ver Romeu e Julieta!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A farra dos especuladores

Lula discursou na ONU dizendo que o mundo não pode ficar na mão da "folia dos especuladores". Fico pensando que só ele fala em "especuladores". É porque ele não entende de mercado. E aí eu fico pensando: "mas essa crise só aconteceria se faltasse especulador". Isso mesmo! Porque o mercado ficou tão distanciado da economia real? Pela ação dos especuladores os preços tenderiam a valores próximos ao que os papeis valem. Por que não aconteceu? Prá mim houve distorção. E quem seriam os responsáveis? "Tem algo de podre no reino da Dinamarca..."

domingo, 7 de setembro de 2008

Lula e o xixi no mar

Lula disse que achava que o mar era salgado por causa do xixi que os banhistas fazem quando vão prá água. E xixi é salgado? Você já experimentou? O Lula já?

O Pré-sal e a pobreza no Brasil

Todo mundo discute agora sobre com quem vai ficar as "riquezas" do pré-sal. Se estrangeiro pode ou não pode se beneficiar dessas benesses. Lula até falou em usar o petróleo do pré-sal para acabar com miséria no Brasil. Eu, cá comigo, fico pensando que as pessoas estão pulando estágios demais prô meu gosto, sabe? Então eu perguntei para dois eminentes e inteligentes membros da inteligência nacional. Como é que você transforma o petróleo lá embaixo da camada de pré-sal (que já não é tão fina assim), a 6 mil metros abaixo da superfície, em meios de acabar com a miséria? "Ora, o petróleo é riqueza, não é? Pois bem, você usa a riqueza para acabar com a miséria"! Então você pega o petróleo e dá prás pessoas, é isso? Mas o que é que as pessoas vão fazer com petróleo, além de assar seus desafetos nos "micro-ondas"? Olhando-me como um "racista" que acha que pobre é bandido, um deles me responde: "Você vende o petróleo, primeiro, bolas"! Prá quem? Perguntou eu. "Prôs gringos, eles compram e você transfere a riqueza deles para a gente, que repassa para os pobres"! Diz o outro já com impaciência, achando que eu estava "zoando". Mas acontece que, de verdade, eu não entendo como certas coisas são feitas, sobretudo o "acabar com a miséria no Brasil", num passe mágica. Então, continuo eu a argüição, você recebe dólar e dá prôs pobres. Eu acho que eles não vão querer porque, mesmo sendo miseráveis, eles não são bobos e sabem que o dólar não anda muito valorizado, não. Em euro? Tá bem. Dá euro prôs miseráveis. E fim da miséria? O que eles farão com tanto euro. "Não dá euro, não! Transforma em real e compra o necessário prá dar prôs pobres!" Então, você transforma em real todo o petróleo exportado (como se isso não trouxesse sequelas para a economia, como por exemplo, inflação) e leva prôs pobres e dá prá eles sairem da miséria. Legal. Os pobres vão comprar seus mantimentos (primeiro vão comprar celular, televisão, geladeira e até computador, depois vão se preocupar com comida e outros artigos de primeira necessidade) que estão em número infinito no mercado. É só pegar o dinheiro e ir na venda, ali pertinho. Os artigos todos estão esperando prá serem vendidos! Às vezes, (não, sempre, mesmo) eu fico pensando o quanto de infantil tem no raciocínio dessa gente. Eu me recuso a pensar que eles são tão estúpidos. Transformamos o Brasil num grande saguão de igreja. Damos prôs pobres, emprestamos a Deus e vamos dormir a eternidade no paraíso! É para isso que nossa elite atual acha que o petróleo serve. Mas, e eu? Não vou ter minha parcela? Se os pobres vão ganhar, o que faz deles com mais privilégios? Ser pobre seria uma condição para ser agraciado. Não ser pobre tem que continuar ralando (e pagando tributo, uma vez que eles não vão achar que o petróleo será suficiente). Pobre Brasil cuja maior meta é a gente virar pobre. Viva ser pobre!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Inglês insolente - Elio Gaspari

Elio Gaspari, ontem, reclama do inglês que queria colocar agente britânico aqui para um "pré-visto". Elogia Lula que repeliu a proposta. Elio Gaspari também reclama que o inglês quer que o Brasil faça uma "triagem" de brasileiros para evitar imigração ilegal. Chama o inglês de insolente e arrogante, etc. Olha, eu não sei se o Elio Gaspari viaja. Se sim, provavelmente terá visto especial pois é uma "celebridade" ou "jornalista", tipo de gente que goza de tratamento especial das autoridades que Elio tanto se queixa. Eu, que sou um cidadão comum, tenho que passar pela mesma roleta que o pretendente a imigrante ilegal. Dá um mole, e eu sou confundido com um, pois as "otoridades" brasileiras tratam ambos igualmente. Afinal, somos um país democrático. Eu, e outros tantos brasileiros que viajam a turismo e/ou a trabalho, temos, então, que suportar as grosseirias que o policial vomita pois não sabe distinguir um brasileiro com "boas" e "más" intenções. Elio e a corja lá de Brasília estão dispensados do tratamento por serem "VIPS". Então eles podem "peitar" a arrogância do inglês. Não será para cima deles que a grosseiria e o tratamento indigno será dispensado. Todos dizem que a diplomacia é uma via de duas mãos. Se a tônica é por ação positiva, então o esforço em ambos os lados será por atitudes correspondentes. Se for negativa, então incia-se um ciclo de enfrentamente até o limite da suspensão das negociações. O fato é que há brasileiros ilegais em outros países e, independentemente se sou ou não solidário com eles, esse fato não pode me prejudicar, mas é isso o que está acontecendo. O Brasil nada faz para impedir. Elio Gaspari defende que esses brasileiros nada fizeram de errado no país. Mas o fazem no outro. Um sistema de cooperação é o ponto principal para o inicio da ação positiva. Não será a primeira vez nem será exclusividade de país "subdesenvolvido". Quando estive no Canadá, voltando para o Brasil, via Los Angeles, tive que passar por um mal humorado agente americano no aeroporto em Vancouver para um "pré-visto". Detalhe, para o Canadá, passei por uma simpática agente canadense em pleno aeroporto em Los Angeles. Qual é o problema? O Canadá está protestando contra esse ato de "invasão" de sua soberania? Aposto que quem sabe disso são somente aqueles que percorreram o mesmo caminho que eu. Essa é uma ação que aponta para o entendimento. Ou você é daqueles que pouco ligam para o que o filho faz no vizinho, desde que não seja na sua casa? Resultado, americanos e canadenses têm liberdade total para ir e vir. Já brasileiros são tratados como "cachorros" nos aeroportos do mundo. Vamos continuar dando uma de malandro? Daqueles que eles, lá em cima, contam anedotas e acham graça?

domingo, 24 de agosto de 2008

Brasil gasta R$ 53 milhões por medalha

Jornal diz que Brasil (contribuinte) gastou R$ 53 milhões por medalha. É uma forma tacanha de pensar. Esse "índice" de aproveitamento está furado. Não indica nada. Só serve para a mídia vender, os deputados se promoverem, os consumidores de "má notícia" se excitarem. A opinião no site da COB já é diferente. Só viram evolução no esporte brasileiro. Vamos fazer uma estatística de fato? Os gastos do governo com o esporte olímpico foram de R$ 692 milhões (será que foi só para a melhoria dos atletas?). Brasil participou com 30 modalidades. Então gastou-se R$ 23 milhões por modalidade. Isso é muita grana! Então, para onde foi essa grana na canoagem, em que os "canoeiros" brasileiros não tinham sequer barco próprio para competir? Foram 278 atletas a participar. Então gastou-se R$ 2,5 milhões por atleta em 4 anos. R$ 720 mil por ano. É muita grana! Tem gente que levou. Ou não foi só para financiar os atletas? Acho que boa parte disso foi para pagar salários milionários dos galáticos do futebol, ou então gastou-se muito na promoção das Olimpíadas de 2016 no Rio. Para os atletas, não foi. O que se vê é uma penúria generalizada do esporte brasileiro.

sábado, 23 de agosto de 2008

Brasil perde a medalha de ouro no volei

Brasil perdeu para os Estados Unidos a final do ouro olímpico. Os Estados Unidos não tem um time de volei. Tem um Frankestein de volei. Junta uns do volei de praia, outros do volei universitário e trabalham no laboratório até virarem superatletas. Basta manter um padrão consistente e eles desarmam. Então não foi que os EUA ganharam. O Brasil foi que perdeu. E agora Bernardinho? Como vai explicar? Vai dar uma de Parreira e dizer que já ganhou tudo na vida? Em 2004 você só ganhou porque tinha Ricardinho. Você só ganhou o Mundial porque tinha Ricardinho. Aquele que você fez questão de humilhar dispensando dos panamericanos no lobby do hotel, no Rio. Ou você acha que medalha de ouro nos paramericanos é ganhar alguma coisa? Dispensou nosso melhor jogador. Você acha que é você quem ganha. Você não ganha nada! Nunca ganhou com as meninas. E agora? É claro que você não vai reconhecer. Mas Ricardinho, agora, deve se dizer: Ué Bernardinho? Não era você o bambambam? Acabou prá você, Bernardinho. Agora você vai passar o resto da vida se explicando. É claro, você terá Galvão prá aliviar a sua. Pobre brasileiro. Tem Galvão para se deixar enganar.

A "performance" do petróleo brasileiro

Lula está feliz com a "performance" do petróleo brasileiro (que, afinal, não é totalmente brasileiro, já que parte dele se encontra fora das águas territoriais). Então, por que não envia o petróleo brasileiro para Pequim? Talvez ele descolasse alguma medalha de ouro no futebol, por exemplo.

Atletas brasileiros vão mal nas Olimpíadas

Alguns dirigentes brasileiros se redimem diante do aparente fiasco brasileiro nas Olimpíadas (para mim não foi fiasco, simplesmente fizeram o que podiam fazer). Dizem que nada podem fazer se o atleta "amarelou" nas finais. Já os dirigentes americanos, diante do fiasco (esse sim, verdadeiro) dos atletas americanos declaram que vão rever toda a sistemática de treinamente e preparação de seus atletas. Então, qual é a diferença? Fácil: os americanos tentam aprender com os erros. Já os brasileiros...

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Judoca Eduardo dos Santos

O judoca paulista Eduardo dos Santos passou dez anos na faixa marrom por falta de dinheiro para pagar a prova para a preta. Eduardo foi às Olimpíadas e fez bonito: "quase" ganhou uma medalha. Os brasileiros já fazem muito se conseguem vaga nas Olimpíadas, vide a equipe de Ginástica Artística (no meu tempo era Ginástica Olímpica), que "conseguiu" se encaixar nas oito finalistas. Mas os governantes só pensam em sediar as Olimpíadas. Dá voto, eles aparecem em inauguração, viram "história". Apoiar o esporte brasileiro, neca! Lula pergunta: "Por que os Estados Unidos podem sediar seis Olimpíadas e o Brasil, nenhuma"? Simples, presidente, olhe para o quadro de medalhas. Veja quantas medalhas, de bronze, prata e ouro, os Estados Unidos já ganharam. Agora, veja o Brasil. Quantas vezes os Estados Unidos já saiu vencedor no quadro de medalhas? Agora, procure as colocações que o Brasil chegou. Procure direito, viu? Às vezes a gente tem que procurar bastante para achar. E então? Veja quanto os americanos investem no esporte. E olhe que o investimento lá não é estatal, é privado, mas, como lambuja, veja quanto as instituições governamentais investiram no esporte lá. E veja quanto o Brasil investiu. Mas sediar as Olimpíadas? Ah! O Brasil não economiza para investir!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

STF condena uso de algemas

Os ministros do STF metem o bedelho onde eles nada entendem: segurança de procedimento de detenção. Os ministros ficam injuriados quando prendem grandes vigaristas. Será que são amigos?
Os ministros entendem de letras. Vivem se irritando com críticas de "leigos". Entendem tanto de letras que vivem achando vírgulas e apostos nos textos como pretexto para soltar vigarista. Mas dizem que o fazem porque entendem do riscado, mesmo que seja estranho para "leigos".
Os ministros não entendem nada de segurança. Mas dão palpite. Ergh!

domingo, 3 de agosto de 2008

Fracassou a Rodada de Doha

Um entrevistado comenta e eu pergunto perplexo: "Brasil não tinha um plano B".
Como é que é? O Brasil não tinha um plano B? Eu tenho plano B até para sair de casa para trabalhar! E o governo brasileiro não tinha plano B?
Eu não acredito! Deve ter sim. É que ninguém contou nada. Agora eles vão colocar o plano B em marcha, não é Lula?
Eu tenho que acreditar nisso. Eu me recuso a aceitar que o governo não tenha essa prática de simular contingências. Eles devem saber o que fazer caso ocorra uma catástrofe, uma guerra mundial, uma invasão pela Venezuela. Eles devem saber!
.......
Não!!! Eu me recuso. Eles devem ter planos B!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Carta Aberta a Cora Rónai a respeito de ser assaltado

Querida Cora, hoje, sua coluna discorre sobre seus sentimentos a respeito de recente assalto de que foi vítima. Admiro você. Gosto de seu estilo e concordo com quase tudo com que você aborda em suas colunas. Ler O Globo das 5a.s feiras contém uma passagem obrigatória na última página do Segundo Caderno. Só faço isso duas vezes por semana. A outra é domingo, quando me divirto com o besteirol do pessoal da Casseta.
Quero dizer que o que você sentiu a respeito dos assaltantes é quase exatamente o que eu senti, quando fui assaltado, ano passado. Não nutro ódio ou raiva dos assaltantes que, como os seus, portaram-se como assaltantes e não como assassinos, conquanto eu me portei, passivamente, como vítima. Meu sentimento em relação a eles mais se parece com a um negociante, um senhorio que negocia comigo o aluguel de minha moradia. Me senti, mais ou menos, como que diante de um flanelinha, ou mais, diante de um PM que me aborda na rua, festejando meu eventual delito de trânsito, aguardando um proposta de propina. É isso. Minha recordação do assalto se parece com um negócio. Estive tratando de negócios com meus agressores. Mesmo com toda aquela peculiaridade que você descreveu.
Mas não foi para só para falar bem que me digno a escrever essas mal traçadas linhas. Lendo sua coluna chego ao trecho que fala de quem você, realmente, tem raiva. Certo! Concordo contigo em todos os sentidos. O cinismo das autoridades, dos políticos, de candidatos eleitos é revoltante e, ao contrário do que muita gente pensa, não tem limite. Sempre haverá uma margem a avançar. Ficar esperando que isso se esgote não vai resolver porque o cinismo não se esgota.
Mas você não toca num ponto e eu tenho curiosidade em saber. O que você faria? É claro, destituída do espírito cínico que acomete todos que chegam lá, seja ele inato ou adquirido, se a você fosse jogada a responsabilidade de achar uma solução para isso, pergunto, qual seriam suas primeiras medidas? Tenho perguntado isso a todo mundo com quem converso a respeito. Dois padrões de resposta se apresentam: gaguejo - a pessoa fica te olhando com olhar perdido de forma que é impossível adiantar qualquer coisa; e respostas simples, ou simplistas do tipo: mata todo mundo; mais polícia; mais escola; mais saúde; maiores salários; mais amor; mais religião; menos religião etc.
Como você responderia, Cora? Tenho muita curiosidade em saber.

Seu leitor, e fã.
JlKohlM

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Veríssimo e a Reforma Agrária

Semana passada, saiu na coluna de Luiz Fernando Veríssimo, nO Globo, comentários a respeito de opiniões de um dirigente de uma instituição ruralista sobre outra coluna de Veríssimo. Enfim. Veríssimo expõe de forma serena e firme, como lhe é característico, sua posição a respeito do assunto.
Tenho muita admiração por Veríssimo. Como fui fã de seu pai, Érico (se você não leu "O Tempo e o Vento" e "Incidente em Antares", ainda há tempo) achava que Luiz Fernando iria carregar o peso do nome, isto é, viveria à sombra do pai. Não foi o que ocorreu. Luiz Fernando criou seu próprio estilo e trabalha numa das mais árduas atividades literárias: o humor. E o faz bem!
No entanto, discordo de sua visão política. Luiz Fernando Veríssimo foi (ou ainda é?) brizolista e esse é um "defeito" de seu veio gaúcho. Há gaúchos brizolistas demais. Acho até que isso é contaminação caudilhista dos argentinos, mas discutir isso fica para um outro dia.
Não quero radicalizar ou polarizar a discussão. Desde já deixo aqui registrado que também fui levado (num breve período de tempo, é verdade) pela "vaga" brizolista no Rio de Janeiro. Em 82, enquanto votava em Lisâneas Maciel, o candidato do PT, não considerava de todo derrotado se Brizola ganhasse, como aconteceu. Mas o meu "brizolismo" se dissipou logo na primeira entrevista depois de eleito, a Eliakin Araújo, na rádio JB.
Há um ar nostálgico naqueles que seguem o brizolismo. Para mim é como ficar num debate com os militaristas do golpe de 64. Desculpe se ofendo alguém. Mas é assim que sinto. No mundo de hoje já não cabem brizolistas e golpistas de 64. Pergunto-me se cabe o "lulismo", ainda, mas isso tem que ser tema para outro dia, também.
Minha questão, então, é a reforma agrária. Veríssimo usa, de forma eloqüente, de diversos argumentos para defender a Reforma Agrária. Volto a me defender admitindo que também já concordei em gênero, número e grau com propostas assim. Também me servi de argumentos semelhantes a de Veríssimo. O que sinto agora, não é de um posicionamento oposto, mas de acréscimo, de deter algo além, de estar mais informado.
E assim informado, creio que tenho que discordar de Veríssimo. Não se trata de me dizer: agora estou do lado dos ruralistas. Veja que o termo "latifundiário" desapareceu do debate e eu me pergunto por que. Agora, o lado oposto não são os grandes proprietários de terra e sim um gente que se organiza através de um grupo de pressão no Congresso Nacional. Gente que não necessariamente possui grandes lotes de terra. Basta que tenha terra, produtiva ou não.
Não estou do lado dos ruralistas. Nem quero que essa massa de gente sem trabalho ou meios de vida "se dane". Estou preocupado, como brasileiro, como ser humano com a miséria que insiste em se alastrar no Brasil, apesar do The Economist achar que estamos prestes a virar super-potência. A questão não é "quero uma solução ou não quero solução nenhuma". Como todos, ou quase todos, quero que tudo isso se resolva e não se fale mais em injustiça social no Brasil. A questão é "que solução temos"? E, mais uma vez desculpem-me, acho que, nos dias de hoje, reforma agrária não é solução.
O primeiro ponto que levanto na questão da reforma agrária é: como está a situação agrária no Brasil? Procurando a resposta, vejo que, à primeira vista, o quadro não é de terras e terras desoladamente paradas, latifundiários detendo a terra e impedindo o pobre do pequeno agricultor de plantar. O que se vê é uma economia vigorosa com proprietários grandes e pequenos transformados em empresários que gerem seu agro-negócio. A quadro rural no Brasil parece não ser mais o de Vidas Secas, de Graciliano Ramos, e o agricultor não se parece mais com Jeca Tatu, de Monteiro Lobato. São pessoas articuladas que investem, em baixa ou alta escala, de acordo com seus recursos. O campo no Brasil agora parece mais com um ambiente de negócios. A questão agrária no Brasil passou a ser um problema de escala.
Então, o que está errado?
Há uns anos, pus a mão em um artigo numa dessas revistas de sociologia e política, do tipo dos editados por Civilização Brasileira, Paz e Terra, etc. Nesse artigo, o autor publicava extratos de entrevistas com bóias frias e outros excluídos do processo agrário no Estado de Goiás. O que chama a atenção é que, quase que invariavelmente, os trabalhadores pobres descendiam de antigos proprietários de terra, que a haviam perdido por uma série de razões, inclusive por incompetência do governo. Mas essa não era a razão principal. A maioria havia perdido suas terras por ignorância, por terem sido enganados, por grilhagem, por posseiros, por embate violentos, etc. Essa situação não desapareceu. No Brasil continua-se a perder terras por grilhagem, banditismo, fraude, embuste, etc. Então, para esses "sem terra" eu pergunto: se por acaso essa gente rever suas terras, ou outras, tanto faz, como saberíamos se, por alguma razão ilícita ou não, eles perderão outra vez? E mais: mesmo aqueles que jamais tiveram qualquer pedaço de chão, como saberemos se eles manterão suas terras quando as ganharem numa reforma agrária? Então, não se trata de falar de uma fração dos atuais sem-terra, mas virtualmente de quase todos. Como saberemos se essa gente saberá tratar a terra de forma adequada, para o bem do Brasil?
Pouca gente se recorda, ou não quer recordar, que em 1966, o governo de Castello Branco instituiu o Estatuto da Terra. Um conjunto de medidas que se pareciam, mais ou menos, com as medidas reivindicadas há muito para os problemas do campo no Brasil. Era uma tentativa dos militares em botar panos quentes às questões do campo. Tenho alguns depoimentos da época. Gente contando que seus avós, ou mesmo pais, donos de terras em Mato Grosso, Goiás, Minas, São Paulo, perderam gado e outros bens pois os empregados "escolhiam" aquilo que achavam que mereciam e partiam com os bens como se lhes fossem todo o direito diante da exploração. Alguns patrões ofereciam "benesses" a empregados fiéis como forma de compensar a ausência de direitos trabalhistas no campo. Com o Estatuto da Terra, deixaram de dar, por conta dos prejuízos que o Estatuto lhes impingiu. Resultado: antigos empregados que partiram com o gado e outros bens nos atos de "justiciamento" voltaram miseráveis pois não souberam aproveitar-se desses bens. Sem proteção paternalista dos patrões e com direitos aviltantes, transformaram-se em "bóias frias". Bóia fria, então é uma instituição decorrente do arremedo de Reforma Agrária que os militares tentaram implantar.
Outra coisa que eu pergunto: uma vez que essas pessoas "ganham" um lote de terra, o que farão com ela? "Agricultura de sobrevivência", respondem os defensores da R.A. Então é isso? Dão um lote de terra, capitalistamente falando, dão de graça um valor a alguém e ele fica plantando para se sustentar? Só? Então por que eu, que trabalho anos a fio, faço economias, me sacrifico, e tenho um apartamento na Zona Sul do Rio, também não mereço "ganhar", em vez de comprar. Eu preciso para me sustentar, também.
Veríssimo fala em "prefiro a ordem à justiça". A idéia, creio eu é: "vamos dar o que eles querem e aí eles ficam 'calmos'". Será? Eu acho que não. Eu acho que depois virá: "precisamos de ajuda para plantar", "precisamos de financiamento", "precisamos senão... eu fico bravo". E vamos "dar" mais para que eles fiquem calmos.
Veríssimo fala da distribuição de terras no Estados Unidos mas se esquece de dizer que os "desapropriados" eram os índios. Sempre se tira de alguém quando se distribui algum bem público. E nem sempre o prejudicado merece esse castigo.
Eu já vi gente do MST entrar em hospital e desligar aparelhos de hemodiálise, colocando em risco a vida dos pacientes. Já vi gente do MST apertar botão de comando em usina hidrelétrica, como se fosse "brinquedo". Já vi MST destruir plantações e instalações de fazendas produtivas, atacar ecossistemas, invadir o Congresso Nacional quebrando tudo o que via pela frente, invadir campus universitário e ameçar professor que queria dar aula. Então tem que "dar" o que eles querem para eles ficarem calmos? Não é assim que a gente reage diante de assaltante? "Não faça nada de ameaçador, entregue tudo o que tem, mantenha-se calmo" Isso é para o assaltante ou para o MST?
Já vi gente falar que os assentados se organizam em cooperativas. Então, mais um local para políticos e arrivistas se instalarem?
Resolver problema de miséria no Brasil passa por uma política de emprego. As soluções são econômicas e não de Reforma Agrária. Afinal nossa terra é para todos. Não é para herdeiros de capitanias hereditárias, não é para quem grita mais.
Tenho, há um certo tempo, uma noção, cada vez mais intensa, que as ações da esquerda geralmente acaba abrindo espaço para o banditismo. Um dia falo disso. E o que vemos agora? Bingo! José Rainha, um dos mais proeminentes e agressivos líderes do MST associa-se com gente do tráfico na Rocinha, Rio de Janeiro. O MST apressa-se em dizer que ele nada mais tem com o movimento. Será?
Ao contrário de Veríssimo, eu prefiro a lei. Sem ela não há justiça, sem ela não há ordem.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Pirotecnia: A operação Satiagraha e os mísseis do Irã

Duas notícias candentes que tomaram o noticiário dessa 6a. feira, 11/07/2008 (fora a lambança dos jogadores do Flamengo em BH, mas isso é "fora de série"): A operação Satiagraha e a fraude dos mísseis do Irã. O que elas têm em comum? Aparentemente, nada. Será?
A "operação" do país de Ahmadinejad, o "Hugo Chavez" do Oriente Médio, servia de resposta à recente movimentação de caças e bombardeiros da aviação de Israel que foi interpretada como um treinamento para um eventual bombardeamento das usinas nucleares persas. "Impressionante", foi o que pensei, quando vi. Isso muda toda a correlação de forças da região. Irã tem agora um trunfo que fará os aloprados de plantão, especialmente os que se instalam em Tel-Aviv, pensarem duas vezes antes de partir prá "porrada". Em seguida pensei "Quantos mísseis eles teriam prontos para uso? Será que são confiáveis? Ou eles estão dando uma de Galtieri nas Malvinas?" Hoje, bimba! A foto é uma fraude. Não que os iranianos não possuam mísseis. Mas a realidade mostra que eles estão mais para os militares argentinos dos anos 80 do que prá uma ameaça efetiva.
A operação da Polícia Federal brasileira, apelidada "Satiagraha", Deus sabe a razão, aplicou com a eficiência que vem demonstrando uma série de mandados de busca, apreensão e prisão com esmero exemplar. Dessa vez engaliolou-se Daniel Dantas, Nagi Nahas e Celso Pitta. Tudo com direito a vazamento do início da operação para a rede Globo e vimos lances espetaculares de prisão, invasão, enfrentamento e Ministro da Justiça aparecendo nas telas dizendo e acrescentando etc. Quando vi fiquei pasmo. Daniel Dantas, Nagi Nahas e Celso Pitta em associação criminosa para fraudar e assaltar os cofres públicos! Mas aí eu pergunto: como eles faziam essa associação? Quem mandava em quem? Quais foram os negócios, mesmo que ocultos, que Daniel Dantas, Nagi Nahas e Celso Pitta montaram para a(s) fraude(s). Essa pergunta me ocorre porque, mesmo que como observador, acompanho (com interesse não uniforme) a trajetória de cada um dos três.
Celso Pitta, uma eminência parda de Paulo Maluf (que origem, heim?), como prefeito de São Paulo, praticou o que seu mestre lhe ensinou. E não podia ser diferente. O discípulo parte do mestre, nunca o contradiz. Resultado, acusações de surrupiamento dos mais baratos, com participação da esposa, como já é do folclore político brasileiro, denunciando tudo.
Nagi Nahas, um libanês que se instalou no Brasil escolado nos mercados norte-americanos, viu as brechas de nossa legislação, a falta de preparo de nossos "fiscais" e enriqueceu sustentado num tripé macabro: inflação - anuência de um banco - operações redundantes, ou no jargão dos investidores, Zé x Zé. Com garantia de papéis que já tinha adquiria empréstimos vultosos no Banco BCN, com correção da inflação; em seguida fazia operações de day-trade com operadoras de sua propriedade, aumentando artificialmente os papéis; ao final do dia vendia o lucro e ficava com os papéis que iam servir de garantia para o próximo empréstimo. Até que um dia um dos elos negou fogo. Nahas acusa a diretoria da época da BOVESPA de interferir e pressionar para o BCN não mais emprestar. Alega que a BOVESPA queria eliminar a "concorrente" do Rio de Janeiro. O fato é que houve uma quebradeira em cascata e a Bolsa do Rio quase faliu. Nunca mais se recuperou.
Finalmente, Daniel Dantas é um yuppie típico dos anos 80. Introduziu-se no mercado por indicação de Mário Henrique Simonsen, cuja senhoridade era respeitada por todos. Incumbiu-se de administrar a fortuna de Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha, quando este desfez a sociedade com o BRADESCO. Em pouco tempo já a tinha multiplicado. Com a morte de Braguinha, a família solicitou uma revisão no contrato (era meio a meio) e o negócio foi separado em dois: Icatú e Opportunity. Dantas ficou com o último, para operações internacionais. Dizem que Dantas não pensa em outra coisa a não ser ganhar dinheiro. Não "freqüenta", não vai a restaurantes caros, não aparece ao lado de atrizes famosas e/ou gostosas ou vive "pegando" filha de ministro.
Agora eu me pergunto: negócios escusos e operações fraudulentas? Quem não as faz (hoje em dia parece que só eu, vejo que até Eike Batista está na mira, agora)? Mas como é que um ladrão de galinhas, um caloteiro e um operador de Offshore (parece eufemismo, e é) vão se associar? Qual o propósito?
Bimba! No dia seguinte, nO Globo, uma notinha esquecida em um canto escondido de uma página não muito importante a gente fica sabendo: um nada tem com o outro. No máximo Pitta vendia dólar prô Nahas. Só. Os três estão no mesmo processo para.... sei lá! Pelo que se vê, parece que é para encher o Ministro da Justiça de hora na televisão e mídia.
Então qual é a relação entre o Irã e os mandados que a P.F. no Brasil cumpriu? Ambas são pura pirotecnia.