sábado, 15 de novembro de 2008

TAM: culpados por tragédia não devem ser presos

A respeito da tragédia da TAM em Congonhas, vemos o promotor (veja só, aquele supostamente na posição de acusar) Mário Luiz Sarrubo declarar: "Estamos diante de um crime culposo (sem intenção). Prefiro acreditar ainda no ser humano e imaginar que ninguém tinha intenção de cometer esse acidente, e sim que ele é resultado de negligências". Independente das crenças de nossos agentes judiciais, independente de suas convicções, alguém poderia me dizer qual é a diferença entre um ato doloso e um ato negligente? Se a consequência é a mesma, qual é a diferença? Quando será que nós, latinos de origem e católicos orfãos de Rousseau, vamos aprender que o que importa é o ato, o fato, e não a intenção? Os nórdicos e teuto-saxões já aprenderam isso a muito tempo! Me lembra aquele sketch do Casseta-Planeta. O gaiato empurra o sujeito na porta do avião aberta, em pleno vôo, e sem paraquedas. Aí grita para o infeliz em plena queda-livre: foi mal! Ou será que isso é só conversa? Não parece também uma desculpa esfarrapada? Mas vale o comentário acima. Se o promotor está mal-intencionado, por que será que essa desculpa cola?

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