quinta-feira, 29 de setembro de 2022

É a natureza, estúpido!

 Foi assim: de uma peça de meu "fraseário" partiu uma linha de raciocínio. A frase: "Por onde passa água, passa baratas". Ela vem na sequência de uma nota que diz: "Após anos de observação de ralos", cheguei a essa singela conclusão. Lá, onde escôo a água suja com que lavei chãos de banheiros, cozinhas e alpendres, também é de onde vêm esses bichos asquerosos, campeões na competência de nos parasitar (estão pau-a-pau com os ratos). 

Para evitar esse efeito colateral, podemos instalar uma rede própria que impede esses bichos de passarem, mas também impede de nos livrarmos de "sujeiras" de tamanho equivalente, além de facilmente entupir, impossibilitando o dispositivo de cumprir a tarefa para a qual foi projetado: permitir o escoamento de nossa sujeira do dia-a-dia.

Então, é isto: pelo orifício onde nos livramos de nossos percalços vêm os portadores de males talvez maiores. Esta é a conclusão quando partimos deste fato para a metáfora.

A lição que tiramos, "gafanhoto", é que toda ação que tomamos para nos beneficiar vai, no final, nos trazer um custo. É a natureza que sempre cobra nossos lucros. Não é a coisa do capitalismo.