quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Tragédia em Santa Catarina

A primeira vez que estive em Santa Catarina foi em 1973. Fui visitar e conhecer a família de João Steiner que, na época, era meu companheiro de quarto na república. Era julho, fazia frio. Lembro que veio, como agora, aquela sequência de chuva que inundou tudo. Estavamos na serra catarinense. Não fomos atingidos. Mas ficamos ilhados três dias. Esperamos as águas baixarem para voltar. Passamos, no fusquinha de João, por Tubarão cuja enchente levou a água ao teto das casas. Foram quilômetros e quilômetros de chão tomado pela água. A estrada, BR116, na época com uma só pista, ficava um pouco acima do nível do chão. Essa catástrofe chegava até Itajaí. Governador (já era o Espiridião), ministro do Interior (Andreazza) faziam discursos com aspecto contrito. "Vamos dar atendimento à toda população flagelada" dizia Andreazza, já candidato enrustido a presidente.
Passaram-se o quê? Trinta e cinco anos. E o que vemos é a coisa se repetindo. Durante 35 anos tiveram tempo para estudar, planejar e achar formas de evitar/minimizar o problema. Até eu tenho idéia. Falta vontade política. Alguns nominariam "verba". Eu acho que o problema não é esse, não.

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