sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Luiz Estevão pagava R$ 200 por mes para quitar dívida de R$ 300 milhões

Deu nO Globo de hoje que a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional derrubou, no STJ, o direito da Empresa de Luiz Estevão de parcelar sua dívida pagando R$ 200 por mes para quitar uma dívida de R$ 300 milhões, direito que conseguiu sob argumento de que sua empresa OK Construções é de pequeno porte. O sr. Luiz Estevão é um caso clássico (pois viceja em Brasília, especialmente) de um "especialista" em achar brechas na legislação para tirar proveito, no limite da legalidade, e certamente muito abaixo de qualquer conceito ético. O pessoal que estuda a matemática da evolução de sistemas complexos, como vida artificial e algoritmos genéticos e evolutivos, chama isso de parasitagem. O sr. Luiz Estevão é, no conceito acadêmico do termo, um parasita. Pois, para a matemática, a parasita testa as funções de fitness, isto é, a maneira com que cada espécie desenvolve seus mecanismos de sobrevivência. Esse ramo do conhecimento é, para mim, um dos mais sedutores que conheço e, no limite, está intimamente ligado ao que poderíamos chamar "modos operandi" não só do processo vital, mas de todo o universo. No entender desses estudiosos o processo de parasitagem, longe de ser prejudicial, é fundamental para o aprimoramento da espécie parasitada e muitas vezes a interação parasita-hospedeiro evolui para um quadro de mutualismo, onde parasitas e hospedeiros cooperam de forma simbiótica, produzindo seres muito mais poderosos que a soma dos originais. Um caso clássico de parasitagem que evoluiu para o mutualismo são as mitocôndrias, presentes em todos os seres evoluidos. Mesmo que a parasitagem não evolui para o mutualismo, esse processo de teste promove um vínculo a mais para o hospedeiro desenvolver suas defesas, e esse processo exige mais do parasita que evolui impondo vínculos mais estritos, que faz o hospedeiro procurar por mais evolução e esse processo autoalimentado promove um círculo virtuoso em direção ao aprimoramento, ou desbanca para um círculo vicioso que termina com a extinção do hospedeiro. Este último parece ser o caso de nosso sistema de poder. O pior é que a visão da extinção em Brasília parece muito remota para ser sequer aventada. O processo de extinção em um sistema de poder pode ser exemplificado na dissolução da União Soviética. Um sistema podre cuja demolição estava sendo prevista há muito tempo. Na falta de alternativas tangíveis (lembrem-se, era uma ditadura e não admitia oposição, sequer alternativa na mesma linha ideológica), o sistema ruiu por si mesmo. Coisas parecidas acontecem nos sistemas econômicos americano e europeu, mas aí, há alternativas. No Brasil não faltam alternativas. Parasitas irão testar o sistema de poder à exaustão. Vão parasitar o Brasil, sem chance de evoluir para o mutualismo, e o povo brasileiro vai aceitar esses parasitas sem qualquer movimento evolucionário até o Armagedon, que é uma má tradução do hebraico "Mar Heggida", isto é, o Monte Heggida, que fica no Irã e é onde as tropas angelicais vão bater os exércitos da humanidade, totalmente corrompida. A discussão aqui é quem vai representar as tropas angelicais: os israelenses, os aiatolás, os talibãs, os americanos ou os diplomatas brasileiros orientados por Lula, liderados pelo Megalonanico...