sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Brasil apoia moção da ONU condenando Israel

A diplomacia do "megananico" Amorim apoiou, junto com países islâmicos, moção condenando Israel por crimes de guerra. Nossos mandatários são gaiatos o suficiente para não perceberem sequer onde pisam. Brincam de gente grande sem perceber os riscos que põem o país. O pior é que nunca vão perceber, mesmo quando as consequências aparecerem.

BRADESCO oferece duas diretorias a governo

Agora já não basta negociar "boquinhas" no setor público. O governo Lula agora também as quer nas empresas privadas. Vai chegar uma hora que as padarias também vão ter que oferecer "cargos" ao PT e seus amigos.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Elio Gaspari e a Vale

Repito que Elio Gaspari é um grande reporter, mas de economia entende tanto quanto a atual corte palaciana: nada! Hoje, ao mesmo tempo que passa uma informação crucial para entender o que se passa na quebra de braço entre o governo e a Vale, faz uma análise quase idiota da conjuntura.
Anti-privatista convicto, Elio mostra que a Vale foi privatizada a preço de banana, e que o lucro foi multiplicado (o empresariado, especialmente o Bradesco, não vê nada além lucro em seus projetos, não?). Mas, providencialmente omite informação de primeira página do próprio O Globo: o número de empregados cresceu em uma ordem de grandeza. Que feio, hein, Elio! Também omite, perspassando um comentário quase irônico, que a compra de navios feita pela Vale no Brasil foi negada à Vale, através de ação sufocante da Petrobrás, que por sua vez nada faz além do que está acostumada: sufocar, dar calote, ignorar as regras mais básicas da ética de mercado. Elio também não comenta a injuriada de seu porta-voz da economia, o titerado Guido Mantega, que não se conforma que um amigo seu perdeu uma boquinha em uma diretoria da empresa.
Mas Elio nos passa a informação: quem está por trás de tudo isso? Eike Batista. Elio também esconde, ou não sabe - o que é improvável - que, sendo filho de um ex-presidente da Vale, quando ela era estatal, recebeu todos os mapas das minas (literalmente) para fazer os negócios na base de informações privilegiadas.
Mais uma vez, a turma do Palácio entra de gaiato, como isso fosse uma novidade. Como nada entendem de nada, são facilmente manipulados por interesses, e mais uma vez, tendem para o pior lado do jogo. Eu não sei qual é a carreira de Roger Agneli. Mas sei o suficiente de Eike Batista.
Essa turma do governo-PT nunca me decepciona!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Elio Gaspari e a crise de 1999

Elio Gaspari é um grande reporter, entende um bocado de história, mas não entende lhufas de economia. Ou não quer entender. Comentando declarações de Ciro Gomes, Elio faz uma retrospectiva precária dos fatos em 1999. A crise da Ásia chegou ao Brasil com um Fernando Henrique na presidência atuando como sempre lhe convinha. Quando discordava de algum de seus ministros ou de suas políticas, iniciava um processo de fritura demolidor. Em público falava bem, mas no privado era sincero. Não foi diferente com a política da âncora cambial do Banco Central. Nunca escondi, de quem me ouvia (em particular), o que acho de Fernando Henrique. Vou usar de seu próprio veneno, e me calo em público (como José Serra). Mas, nesse episódio, Fernando Henrique brincou com fogo e mostrou como, sendo ele "blindado" pelo cargo de presidente (vide Lula), acabou provocando um incêndio em que muita gente se queimou. A começar pelo próprio Gustavo Franco, a quem F.H. procurou para se aconselhar, quando, em Búzios, se recuperando da gestão de presidência do Banco Central, de onde tinha acabado de sair, assistia o país entrar em espiral descendente na louca política de "preços livres", com um Chico Lopes, mais perdido que bêbado em sábado de carnaval na Lapa. Fernando Henrique, na sua confortável tática de fritura, brincou com o mercado, que não é para amadores, e o resultado foi uma catástrofe. A crise de 1999 teve um só autor: FFHH. O que seria mais engraçado, se não fosse tão trágico, é que quem foi penalizado foi o único que apostou no Real contra o Dólar: Cesare Cacciola. Italiano de nascimento, talvez não percebeu - e esse foi seu pecado - que o movimento de massa (massa em termos de grana) sinalizava uma informação privilegiada: o mandatário máximo da nação estava apostando contra o Real. Deu no que deu. Não digo que Cacciola é santo. Mas quem é, nesse meio?

sábado, 3 de outubro de 2009

Juca Kfouri lulista

Juca Kfouri, em seu programa na CBN "Show de Bola", comenta a respeito da organização das Olimpíadas no Rio de Janeiro:  "Roubalheira há em Londres, haveria em Madri, Tóquio, Chicago. Mas eu sou brasileiro e estou preocupado com o Brasil". Em seguida, complementa com seu "Troféu Osmar Santos": "Parabéns a Lula, que leva o Brasil a uma dimensão internacional. Mensalão? Há. Irregularidades, há por certo. Mas o que ele tem feito, não tem paralelo na história do Brasil". Pois é, como já me disse um colunista deste mesmo programa, "as pessoas já acham bom se o sujeito faz alguma coisa, mesmo roubando". É o resgate do "slogam" de Adhemar de Barros: "rouba mas faz". É isso? Mas será que não se poderia falar o mesmo de Ricardo Teixeira e Arthur Nuzman? Eles podem ser acusados de um monte de coisas, mas o primeiro já nos trouxe duas Copas de Mundo e Nuzman, além do sucesso em conseguir trazer as Olimpíadas para o Rio, também nos deu uma geração de prata e o esteio que permitiu o volei do Brasil chegar onde está. Já não é alguma coisa? Por que Lula é "perdoável", mesmo com as irregularidades (sem contar o sem número de fracassos que seu governo coleciona na diplomacia internacional, para ficar só nisso!), e os outros não? Será que é porque ele já "foi" operário? Será que é porque ele não tem um dedinho? Por que?