De um lado a taxação de alta tecnologia coloca o Brasil fora desse mercado, perdendo a oportunidade de dele participar, inclusive como protagonista, por outro, permite que produtos chineses de baixa qualidade imponham um padrão baixo para o mercado brasileiro e arrase com o parque industrial brasileiro que resta.
Taxando os produtos de alta tecnologia com o pretexto de proteger a indústria nacional e permitir que ela se desenvolva é cuspir para cima. É ilusão acreditar que o Brasil seja capaz de produzir alta tecnologia em todos os seus setores. Nenhum país faz isso. A alta tecnologia é um consorcio internacional. Impedir que esses produtos sejam vendidos no Brasil a um preço razoável é impedir que o consumidor crie hábitos de consumo sofisticados. Sem hábito, não exerce pressão no mercado por produtos de primeira linha. Sem pressão, a tal reserva de mercado é brincadeira sem propósito: não dá em nada e ninguém se diverte.
Em vez de liberar a alta tecnologia para permitir que o Brasil participe de sua evolução e taxar os produtos que a China exporta de forma desleal é uma das formas mais eficazes de nos manter atrasados.
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