quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Evolução

O Globo de hoje: Campos Neto diz que Bolsonaro ficava disperso depois de três minutos de explicação.

EVOLUÇÃO: As moscas não conseguem reter a memória por mais de três segundos.

Já é alguma coisa...

quarta-feira, 26 de julho de 2023

É da União!

 Deixa eu ver se entendi: 

  1. Os marajás da Arábia Saudita dão presentes para o Presidente do Brasil. São jóias caríssimas, mas o pessoal do Presidente tenta passar na Alfândega como se fossem objetos pessoais. 
  2. Escândalo! Tudo que é dado ao Presidente pertence à União. 
  3. Concordo! O Presidente representa o povo brasileiro. Se ele ganha um presente, é presente para o país, não são peças de itens pessoais.
  4. Lá atrás, o Presidente ganha presentes. Um colunista famoso fala de um Jesus Cristo de 1,5m de altura dado de presente por um bispo. Uma estátua, do século XVI, que passa por uma série de restaurações de especialistas. Quem pagou? 
  5. Ao final, a estátua é apreendida, com outros itens, quando o Presidente, no final do mandato, vai embora levando tudo consigo. 
  6. Mas a apreensão é julgada irregular. Citam diálogos em aplicativos entre promotores - que foram hackeados ilegalmente - como prova de arbitrariedade e falta de ética. 
  7. Então, irregular foi a apreensão! A peça pertence à pessoa do Presidente.

Não entendi. Os presentes são pessoais ou de interesse da União?

Sou eu que não entendi, ou são dois pesos e duas medidas?

sábado, 12 de novembro de 2022

Lula Presidente!

 Não vai dar. Já não deu na primeira vez! Por que daria na segunda?

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Gal e Boldrin

E Gal & Boldrin, quem diria, hein? Combinaram de se encontrar lá na nuvem dos santos musicais. Bem ao lado da do primeiro time dos literatos, um pouco acima das backing-voices e músicos de palco e estúdio. Foram se juntar aos tantos que já nos deixaram. Foram pedir benção a Luiz Melodia.

Vendo como andam as coisas por aqui, já queria chegar logo na da fila do gargarejo...

Vai daí, pessoal das nuvens! Me manda um motivo prá ficar.

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Os Mandamentos da Inovação que nunca vigoraram em nosso Patropi

 Estou lendo, da dupla Victor W. Wang & Greg Horowitt, "The Rainforest: The Secrets to Building the Next Silicon Valley", um debate sobre o que fazer e não fazer para gerar um ambiente de inovação como aquele que se viu, ou ainda se vê, no Silicon Valley, região da California exemplo desta virtude. Os autores usam o termo "rainforest", mal traduzindo, "floresta tropical", como metáfora para a via da inovação. "Numa eira bem controlada, vemos uniformidade, qualidade, mas é só. Ali nunca encontraremos coisa inédita", dizem os autores, para exemplificar que um ambiente de inovação só é possível onde ordem não encontra espaço para prosperar. Eis aqui a primeira contradição, no que nos diz respeito. Está na nossa bandeira: Ordem e Progresso. Pois bem, depreendemos dos autores que, se queremos progresso, não há de se impor ordem. A propósito, encontrei hoje no texto de Cora Rónai o termo 'oximoro'. Ela se referia à expressão "bolsonarista inteligente" (eu acrescentaria, no mesmo contexto, "petista razoável"). Então, eis a definição que cabe como uma luva no lema de nossa bandeira. Trazemos o oximoro original: Ordem e Progresso não combinam. Em si, já definem nosso país paradoxal.

Voltando ao livro. Estou no ponto em que os autores definem os mandamentos visíveis e escondidos para que apareça um ambiente de inovação, tão desejado porque - malgrado o pensamento que vige em nossos mandantes, da direita e da esquerda, que riqueza se acha sob os pés, ou se fabrica em monstruosas máquinas de aço - seria o caminho de nossa redenção. Vou listá-los aqui. Os autores usam aquele inglês Shakespeariano. Ainda mal traduzindo (os puristas que procurem no original), sigo a regra:

1 - Educarás o povo;

2 - Desenvolverás os bens públicos necessários (estradas, pontes, polícia, tribunais, forças armadas etc);

3 - Investirás em ciência e tecnologia para gerar mais conhecimento e descobrimento;

Agora vem o que não fazer:

4 - Não criarás regulações impeditivas;

5 - Não permitirás corrupção;

6 - Não interferirás na liberdade de contratos;

7 - Não permitirás que a inflação fuja do controle.

Apresentados como libelo necessário pelos economistas clássicos, dizem os autores, esses "Mandamentos" se caracterizam em determinar o ambiente do "homus economicus", base liberal com que esses economistas julgam necessário e suficiente para o bom desenvolvimento econômico. No entanto, nossos autores dizem que isso não é "suficiente". Talvez o necessário. 

Assim, eles avançam na direção dos mandamentos "escondidos". Mas eu fico por aqui. Wang & Horowitt prestam consultoria a um sem-número de governos dentro e fora dos Estados Unidos por terem estudado a fundo o fenômeno que marcou o Silicon Valley desde a década de 1980. Fazem incursões não só na economia, mas na antropologia, sociologia, ciências sociais de forma geral, como também em psicologia. Têm sido essenciais na introdução e aperfeiçoamento de novos ambientes inovativos como em Jersey e Israel. Suas palestras são disputadas a tapa pelo mundo inteiro, pelo menos aquela parte do mundo onde há interesse e espaço para inovação.

Eu me pergunto: e o Brasil? Olhando para os mandamentos "clássicos" já vejo que, pelo paradoxismo que marca nossa essência, negamos os três primeiros e afirmamos os quatro últimos, justamente o contrário do que devia ser. E nem entramos no debate daqueles mandamentos escondidos, que, segundo os autores, são os que nos levariam a sermos realmente inovadores.

Teríamos que mudar o lema de nossa bandeira: Progresso Por Favor, esquece a Ordem.

É, acho que não vai dar certo. 

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

É a natureza, estúpido!

 Foi assim: de uma peça de meu "fraseário" partiu uma linha de raciocínio. A frase: "Por onde passa água, passa baratas". Ela vem na sequência de uma nota que diz: "Após anos de observação de ralos", cheguei a essa singela conclusão. Lá, onde escôo a água suja com que lavei chãos de banheiros, cozinhas e alpendres, também é de onde vêm esses bichos asquerosos, campeões na competência de nos parasitar (estão pau-a-pau com os ratos). 

Para evitar esse efeito colateral, podemos instalar uma rede própria que impede esses bichos de passarem, mas também impede de nos livrarmos de "sujeiras" de tamanho equivalente, além de facilmente entupir, impossibilitando o dispositivo de cumprir a tarefa para a qual foi projetado: permitir o escoamento de nossa sujeira do dia-a-dia.

Então, é isto: pelo orifício onde nos livramos de nossos percalços vêm os portadores de males talvez maiores. Esta é a conclusão quando partimos deste fato para a metáfora.

A lição que tiramos, "gafanhoto", é que toda ação que tomamos para nos beneficiar vai, no final, nos trazer um custo. É a natureza que sempre cobra nossos lucros. Não é a coisa do capitalismo.

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Urna eletrônica

 De que vale urnas seguras, eleições limpas, se esse sistema político nos faz eleger um semianalfabeto pretencioso e corrupto, seguido de uma débil mental arrogante e disléxica para terminar num jumento fascista de terno?