Ontem vi esse filme de Michael Haneke e confesso que ele me apavorou. Longe de entender o filme no ponto de vista de Bruno Leal, não vejo o filme como uma tentativa de "explicação psicológica" para a origem do nazismo na Alemanha. Acho que o Sr. Bruno entende o filme como um "tratado" que encerra a discussão respeito. Pelo contrário, acho que o filme abre a questão. Creio que Haneke passa uma panorâmica na geração que, mais tarde, será nazista. E ele não alivia. O cinismo e a dissimulação de crianças e adolescentes, capazes de praticar crimes abomináveis é o que permeia toda a trama. "Reparação de injustiças", mesmo que para isso se impinja dor, morte e sofrimento em inocentes. Esse é um dos pilares em que se sustenta o nazismo dos anos 30. É claro que não é só sobre isso que se sustenta as bases do nazismo. É claro que existem as raízes históricas, sociais, políticas, etc, etc. Mas o que nos mostra Haneke em seu filme, é um momento particular disso que chamamos hoje de conflito de gerações, dessa transformação que se processa em que membros de diferentes gerações travam esse diálogo de surdos, o rompimento por parte da nova geração com a estrutura antiga que ela não entende e não tolera. Os antigos profundamente tomados pelo turbilhão que aparece a sua frente e que eles não entendem e que os supera em afetos que eles não conseguem domar, e que se manifesta no tom de voz emocionado e contido do pastor protestante e puritano. Ao mesmo tempo que os antigos se fazem de cegos diante de atrocidades antigas (o pai, médico, molestar sua filha, por exemplo), os jovens incontidos diante do que eles consideram inaceitável, se põem a "fazer justiça com as próprias mãos". A rigidez da educação e todas suas manifestações violentas e inconsequentes ensina a esses jovens a praticar o cinismo e a dissimulação. Pois bem, sem essa geração que se forma nessas condições, o nazismo não seria possível. Com todos os pré-requisitos históricos, sociais, políticos, etc.
Não vamos esquecer que o pastor, diante da manifestação da completa ausência de compaixão de sua filha que trucida o pássaro de estimação do pai como "reparação" por ter sofrido o castigo de algo de que não tinha culpa, diante da constatação de que seus filhos estariam na origem dos horrendos crimes que aterroriza a todos, cala-se, e prefere colocar panos quentes. É demais. Diante do extremo da maldade, o pastor, tão rigoroso a ponto de açoitar os filhos por eles não terem se apresentado para jantar, agora cala-se e prefere ameaçar o professor que desvendou a charada. O pastor cala-se diante do abominável, seja por não querer ver o médico bolinando sua filha, seja por constatar que seus filhos eram capazes de tanta maldade e calar-se.
O assustador é que isso está aí. Não se manifesta pelo ressurgimento do nazismo, pois não há os tais pré-requisitos. Mas está aí na origem do mal. Até quando vamos nos calar, nos fazer de cegos?
segunda-feira, 22 de março de 2010
quinta-feira, 11 de março de 2010
Lula não queria ver Hillary
Como indica a foto do jornal, Lula posa feliz com Condolezza Rice mas declara que não queria ver Hillary porque "ministro fala com ministro". Lula diz que não é "vira-lata" mas acaba posando de "chacal". Querendo dar uma de "poderoso", termina por tão somente comer na mão de canalhas. Não me surprende. Esse povo de esquerda que se diz "vanguarda", que se volta "em favor" dos "desfavorecidos" não passa de covardes que sempre aspiraram alçar entre os poderosos sem conhecer outro caminho senão o da vilaneza. Sempre foi assim. Mas, pior são os idiotas que os suportam.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Futuro da Internet no Brasil
Acompanhando as transações com a Telebrás, tem gente que se pergunta por que o governo quer "recuperar" a ex-gigante estatal da telefonia. Por outro lado, a gente sabe que tem vindo gente "especialista" em Internet de Cuba (país modelo no assunto, não?). Um deles já declarou, segundo Elio Gaspari, que a internet promove um extermínio maior que o atentado das torres gêmeas. Juntando lé-com-cré: Lula diz que a Telebrás será uma "grande" na banda larga. Será que teremos o "modelo cubano" da Internet?
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Em intenção a uma apresentadora da Globonews...
Ah! Ana Paula Couto
Quando te apresentas na TV, me deixas louco.
Meu coração, tão sofrido, bate solto.
Quero te ver, te ouvir, te tocar,
Mas acho pouco!
Quando te apresentas na TV, me deixas louco.
Meu coração, tão sofrido, bate solto.
Quero te ver, te ouvir, te tocar,
Mas acho pouco!
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Palavras de "Garcias"
Dois "Garcia"s deram o tom no jornal O Globo de hoje. O primeiro é o nosso Ministro das Relações Internacionais, Marco Aurélio Garcia, vulgo, "Ministro do 'top-top'" (aquele que usou o famoso gesto - honomatopeisado pelo Pasquim, dos anos 70 -, em homenagem aos mortos do acidente da TAM em Congonhas no ano passado). Verdadeiras pérolas sairam de sua boca, segundo O Globo. Para ele, o "esterco cultural" (sic) está contaminando o povo brasileiro nos canais de TV a cabo. Ele disse que já não se tem a efervecência cultural dos anos 30 e 50, e diante desse "massacre" cultural, deveríamos refletir mais sobre isso. O ministro desse ministério não-sei-o-quê, uma vez que seu nome a sua área de atuação deveria ser da alçada do Itamarati, manda mensagens cifradas. Só não entende quem não quer.
A nostalgia do ministro diz respeito a um tempo de ser feliz para as esquerdas. Adorava-se Stalin, que namorava Hitler, ignorava-se os milhões de mortos na Ucrânia (por não alinhamento com o pensamento "operário" oficial), "desconhecia"-se o chamado "Arquipélago Gulag", um eufemismo para trabalho escravo. Também foi um tempo de intentonas, que matou uns tantos (afinal, não foram tantos assim, como se número de mortos fôsse indicativo de qualidade), matava-se menina de 16 anos a título de afirmação ideológica. Tempos bons para o ministro.
É isso que o ministro quer dizer quando diz da "efervecência" cultural dos anos 30 e 50.
Se alguma coisa não se alinha com o que pensa o ministro, trata-se de "esterco cultural". Também, quando o ministro diz que precisamos "refletir" a respeito, ele quer dizer, na verdade: "Precisamos encontrar um jeito de censurar isso".
Sangue bom, esse ministro!
Outro "Garcia", trata-se de um colunista, Luiz Garcia. Eu acho que as pessoas precisam escrever um texto para justificar os salários astronômicos que elas percebem e procuraram uma manchete. Casa a manchete com um texto cujo tema elas já mantém em um banco de dados. Sacam o texto, atualizam e pronto! Está coluna feita e o caraminguão garantido no fim do mes. Do contrário, só admitindo que as pessoas estão mau intencionadas. Esse Luiz Garcia fala do General que teceu alguns comentários sobre a presença de homossexuais nos quarteis. Eu li a entrevista e achei muito coerente. Se existem gays na caserna, o general não nega, nem repudia. Apenas diz que a sua manifestação explícita não seria bem aceita na tropa nos dias de hoje. Acho perfeito. Concordo plenamente. O que as pessoas tem que pensar é que as Forças Armadas tem um propósito específico. Não se trata de aceitação social, profissional ou psicológica. Trata-se de formar tropas de soldados, isto é, máquinas de matar, ou de salvar, ou de se pôr como escudo humano. A obediência ao comando deve ser inquestinável, quase cega. Eu acredito que, nos dias de hoje, há um risco da tropa não aceitar bem um gay, por exemplo, explicitando seus trejeitos no comando. Isso porque, um gay "enrustido" para usar uma palavra de antigamente, é, para o general, perfeitamente aceitável.
Pena que aqueles de deveriam estar aqui para esclarecer (não seria esse o propósito dos colunistas?) estejam aí mais para desinformar, subvertento a própria função, tão apenas para garantir o seu.
Definitivamente, esses Garcia's compromentem o nome. Gente ruim!!!
A nostalgia do ministro diz respeito a um tempo de ser feliz para as esquerdas. Adorava-se Stalin, que namorava Hitler, ignorava-se os milhões de mortos na Ucrânia (por não alinhamento com o pensamento "operário" oficial), "desconhecia"-se o chamado "Arquipélago Gulag", um eufemismo para trabalho escravo. Também foi um tempo de intentonas, que matou uns tantos (afinal, não foram tantos assim, como se número de mortos fôsse indicativo de qualidade), matava-se menina de 16 anos a título de afirmação ideológica. Tempos bons para o ministro.
É isso que o ministro quer dizer quando diz da "efervecência" cultural dos anos 30 e 50.
Se alguma coisa não se alinha com o que pensa o ministro, trata-se de "esterco cultural". Também, quando o ministro diz que precisamos "refletir" a respeito, ele quer dizer, na verdade: "Precisamos encontrar um jeito de censurar isso".
Sangue bom, esse ministro!
Outro "Garcia", trata-se de um colunista, Luiz Garcia. Eu acho que as pessoas precisam escrever um texto para justificar os salários astronômicos que elas percebem e procuraram uma manchete. Casa a manchete com um texto cujo tema elas já mantém em um banco de dados. Sacam o texto, atualizam e pronto! Está coluna feita e o caraminguão garantido no fim do mes. Do contrário, só admitindo que as pessoas estão mau intencionadas. Esse Luiz Garcia fala do General que teceu alguns comentários sobre a presença de homossexuais nos quarteis. Eu li a entrevista e achei muito coerente. Se existem gays na caserna, o general não nega, nem repudia. Apenas diz que a sua manifestação explícita não seria bem aceita na tropa nos dias de hoje. Acho perfeito. Concordo plenamente. O que as pessoas tem que pensar é que as Forças Armadas tem um propósito específico. Não se trata de aceitação social, profissional ou psicológica. Trata-se de formar tropas de soldados, isto é, máquinas de matar, ou de salvar, ou de se pôr como escudo humano. A obediência ao comando deve ser inquestinável, quase cega. Eu acredito que, nos dias de hoje, há um risco da tropa não aceitar bem um gay, por exemplo, explicitando seus trejeitos no comando. Isso porque, um gay "enrustido" para usar uma palavra de antigamente, é, para o general, perfeitamente aceitável.
Pena que aqueles de deveriam estar aqui para esclarecer (não seria esse o propósito dos colunistas?) estejam aí mais para desinformar, subvertento a própria função, tão apenas para garantir o seu.
Definitivamente, esses Garcia's compromentem o nome. Gente ruim!!!
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Lula e o imbroglio Honduras
Sei não. Do jeito que a coisa vai, acho que o quadro final em Honduras será assim: realizam-se eleições, o Chaves convence o Lula a não reconhecer o resultado e o Zelaya fixa residência na Embaixada Brasileira.
Assinar:
Comentários (Atom)