Depois do desastre de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, diante dos desmandos seguidos dos prefeitos demagogos, especialmente dos PDT (vide Brizolistas), fiquei curioso em ver o que diria Luiz Fernando Veríssimo, já que trata-se de um Brizolista fervoroso. Não deu outra: a culpa caiu nas multinacionais, no imperialismo, na ganância dos ricos, sobrou até prôs invasores do Iraque e vítimas do 11 de setembro. Tudo prá não sobrar alternativa àqueles que constrõem suas moradias (são moradias mesmo?) nas beiras dos rios, várzeas, e encostas de alto risco.
A se considerar o que diz o Sr. Veríssimo, sabendo que a favelização, especialmente de Nova Friburgo, aconteceu nos últimos anos sob a administração de um PDTista, parece que a ação das multinacionais e outros demônios do capitalismo é particularmente eficaz sob a direção dos Brizolistas. Ou então, pobres, sem alternativa, se proliferaram nessas administrações. De qualquer forma, a crônica de Veríssimo, hoje, é uma declaração de incompetência ou improbidade dos seguidores de Brizola.
Aliás, esse referido prefeito de Friburgo, construiu uma mansão para si nos arredores da cidade. Dizem que foi com o dinheiro que "arrecadou" na Prefeitura. Pois bem, sem alternativa, construiu onde não devia. Morreu soterrado, com toda a mansão debaixo da lama.
domingo, 23 de janeiro de 2011
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Bebês abandonados
Estamos vendo, cada vez mais frequentemente, bebês abandonados em lixeiras, mangues, beira de rio, etc.
Sabem o que é isso? Aborto proibido. Viu Dna Dilma?
Sabem o que é isso? Aborto proibido. Viu Dna Dilma?
domingo, 12 de dezembro de 2010
O Filme do Lulismo
O fenômeno do lulismo parece um filme que, no momento, encontra-se no clímax da primeira parte. É, na verdade, a repetição de um drama já ocorrido dezenas de vezes na História. De início, parece um grande musical, a indicar um final com uma grande festa, com música alegre, dança e tudo que se tem direito, à la Bollywood, o conjunto dos famosos produtores de filmes indianos, em uma estética bem peculiar. No entanto, a partir do início da segunda parte, uma sucessão de equívocos se mostra e lembra mais uma comédia de erros, para, ao final,terminar em tragédia, com a morte de, praticamente, todos os protagonistas.
O roteiro pode ser resumido mais ou menos assim. Começa com uma geração no auge da juventude voluntariosa, rebelde e racionalista. Esses jovens, via de regra, recebem uma educação religiosa rígida. São universalistas e não se conformam com as injustiças do mundo. Geralmente associam essas injustiças com a doutrina que herdaram. Na procura de uma "nova realidade", de um lado, não percebem que, além da doutrina, herdaram a arrogância da geração que a precede, e, arrogantemente, acreditam que podem mudar o estado das coisas. Mais grave ainda, acreditam que podem conduzir o mundo a um estado de "justiça" que, sem se aperceberem, se assemelha, e muito, com os preceitos estabelecidos lá trás, na formação do cristianismo. Então, querendo mudar o mundo, esses jovens não percebem que eles mesmos não mudam em nada, apenas o embrulho do pet-rock. A eterna vida redimida no paraíso, ganha o apelido de "comunismo". O apocalipse passa a se chamar revolução. O Messias, agora, é a Classe Operária. Mudam-se os nomes, mantém-se a ideologia. E eles querem acreditar que isso é novo!
Eis que aparece um sujeito, inicialmente sem grandes pretensões, de formação escolar sofrível, mas muito inteligente, com grande capacidade discursiva e carisma incomparável. Mais importante que tudo, emanado da famosa "Classe Operária".
Faço uma pausa nesse roteiro para notar que estou especificando demais a estória ao caso brasileiro. No entanto, pode-se transportá-la facilmente a qualquer outro caso semelhante: jovem cadete, cabo do exército, seminarista expulso, enfim, pessoas de formação moral "comum", pessoas do "senso comum", oriundos da zona rural ou imigrantes, de família fervorosamente católica, e talvez com algum traço de inadequação. Não quero deixar aqui a impressão de uma opinião desabonadora a respeito do caráter dessas pessoas. Apenas chamo a atenção para algumas características semelhantes. Longe de dizer que um "operário" forçosamente levará ao mesmo roteiro. Pode ser o contrário.
Voltando ao script. Geralmente é criado um partido político para servir de base aos projetos de poder do movimento, enquanto que o "maioral", geralmente, está acima ou ao lado dele. A adesão de praticamente todos os jovens dessa geração ao que parece ser o "salvador", ou "messias" é imediata e, salvo alguns casos de resistência passageira, unânime. A adesão ao partido se dá de forma massiva e a sensação nesses jovens é de grande autossuficiência. Creem, esses jovens, terem encontrado a fórmula de ascender ao poder e lá, promover a tão desejada "correção do mundo".
Num primeiro momento, a reação popular é de total aprovação. Aparecem defensores intransigentes e a grande maioria se manifesta, de forma aparente ou não, favorável às ações daquele para parece ser, finalmente, o "messias" que tanto aguardavam.
Por outro lado, algumas características são comuns em todos os roteiros desse tipo de história e que denunciam a verdadeira natureza do embuste aos "mais atentos", ou os "resistentes": formação de grupos, de natureza "clandestina", que, praticamente, faz com que todos que deles fazem parte cantarem, mais ou menos, trechos de uma mesma cartilha. O resultado, aos olhos dos incautos, parece ser a manifestação de modos de natureza fashion. Termos e expressões que estão "na moda". A quem está atento, a aparência é de uma inequívoca conspiração. Mas qualquer manifestação nesse sentido é estigmatizada dentro da chamada "teoria da dita cuja, a conspiração".
Outra característica frequente do curso desse tipo de novela é o aparecimento de hostes truculentas nas bases do movimento. Se, de um lado, a truculência é sempre descartada pelo alto comando, e, na maioria das vezes, ocorre sem sua aprovação, por outro lado, ela serve de aglutinação. Grupos armados ou truculentos trazem a sensação de que se está "preparado" para a eclosão de uma eventual reação ao "movimento revolucionário". Oficialmente o alto comando desaprova a violência. Intimamente, sente-se "protegido".
Concentrações, passeatas e manifestações de cunho popular são frequentemente organizadas para "não se perder o élan do movimento". Uma eventual reação de conteúdo romântico pode catalizar um movimento nacional e insano de violência e perseguição. Aí está um ponto que ainda não se chegou no Brasil. Mas eu tenho certeza que os ideólogos do movimento, agora no poder, bem que sonham com uma manifestação dessas. Não descarto nem a eventualidade de uma "provocaçãozinha" para "empurrar" alguns "desgarrados". Nunca se deve desprezar essa possibilidade.
Encerrada a primeira parte, o "salvador" no poder, todos estão felizes. A sensação generalizada é que, finalmente, encontramos o caminho certo, que daqui para diante é só amor e felicidade. Não se pode culpar as pessoas desse sentimento. Afinal, é como na piada do "irlandês" caindo de um espigão, passando pelo 13o. andar: "so far, so good". Uma imagem bem apropriada, também, é de uma grande onda no mar. Enquanto subimos, a sensação é de poder infinito e infindável. Dá-se "caldos" em quem se preocupa com o abismo se formando à frente.
Nesse ponto, começam a aparecer algumas coisas que "não colam". Leis que atropelam o sentido do direito romano, esse taxado de anacrônico ou inadequado; medidas sociais de grande repercussão popular às custas de uma política de gestão mais responsável. Ocupação das instâncias de poder por "aliados" ou burocratas do partido. Um certo regozijo de classes tradicionalmente associadas ao atraso e à corrupção com o sistema implantado. O "salvador" começa a pronunciar discursos revelando uma certa crença na própria infabilidade. Em pouco tempo, ou na primeira oportunidade começa a fazer o país engolir certas medidas que vão contra o bom senso. Num primeiro momento, seus seguidores acatam as ordens por, eles mesmos, acreditarem na infabilidade do líder. Num segundo momento, porque são incapazes de afrontarem quem eles consideram acima do bem e do mal.
Aos poucos a insanidade se instala. O sistema começa a dar mostras de fadiga. É a descendência da onda. Para "explicar" os fracassos, geralmente botam-se a culpa, inicialmente, nos opositores do sistema, em seguida nos críticos, para, pouco a pouco, começarem a cortar da própria carne, a começar pelos menos protegidos. Sempre se tem, afinal, o expediente de botar a culpa em algum elemento externo, hoje em dia, os Estados Unidos, já que, para isso, não é preciso convencer ninguém, uma vez que, no inconsciente coletivo, os Estados Unidos são virtualmente culpados por tudo de ruim que se passa no mundo.
Chega-se a um ponto de rompimento. A saga de "Juvenal, o bom boi", da fábula "Fazenda Modelo", que Chico Buarque tão bem chupou de "Animal Farm", de George Orwell termina num grande caos. Na saga, o poder é passado a um porco. No "remake" de nosso filme, o poder é ocupado por uma espécie de síndico da massa falida, em um país devastado, com as pessoas sem eira nem beira. Via de regra, mais tarde esse síndico passará a ser amaldiçoado, mas isso já é outro filme.
Em poucas palavras, o argumento acima pode ser resumido na seguinte story line: um medíocre toma o poder, transforma-se em um canalha, e, sob o respaldo de um mar de gente idealista, vira ídolo, para levar a nação à ruína, mas quando as pessoas percebem, é tarde demais.
Ah! Gente como eu morre no meio. Não fica ninguém para dar sua versão da história.
O roteiro pode ser resumido mais ou menos assim. Começa com uma geração no auge da juventude voluntariosa, rebelde e racionalista. Esses jovens, via de regra, recebem uma educação religiosa rígida. São universalistas e não se conformam com as injustiças do mundo. Geralmente associam essas injustiças com a doutrina que herdaram. Na procura de uma "nova realidade", de um lado, não percebem que, além da doutrina, herdaram a arrogância da geração que a precede, e, arrogantemente, acreditam que podem mudar o estado das coisas. Mais grave ainda, acreditam que podem conduzir o mundo a um estado de "justiça" que, sem se aperceberem, se assemelha, e muito, com os preceitos estabelecidos lá trás, na formação do cristianismo. Então, querendo mudar o mundo, esses jovens não percebem que eles mesmos não mudam em nada, apenas o embrulho do pet-rock. A eterna vida redimida no paraíso, ganha o apelido de "comunismo". O apocalipse passa a se chamar revolução. O Messias, agora, é a Classe Operária. Mudam-se os nomes, mantém-se a ideologia. E eles querem acreditar que isso é novo!
Eis que aparece um sujeito, inicialmente sem grandes pretensões, de formação escolar sofrível, mas muito inteligente, com grande capacidade discursiva e carisma incomparável. Mais importante que tudo, emanado da famosa "Classe Operária".
Faço uma pausa nesse roteiro para notar que estou especificando demais a estória ao caso brasileiro. No entanto, pode-se transportá-la facilmente a qualquer outro caso semelhante: jovem cadete, cabo do exército, seminarista expulso, enfim, pessoas de formação moral "comum", pessoas do "senso comum", oriundos da zona rural ou imigrantes, de família fervorosamente católica, e talvez com algum traço de inadequação. Não quero deixar aqui a impressão de uma opinião desabonadora a respeito do caráter dessas pessoas. Apenas chamo a atenção para algumas características semelhantes. Longe de dizer que um "operário" forçosamente levará ao mesmo roteiro. Pode ser o contrário.
Voltando ao script. Geralmente é criado um partido político para servir de base aos projetos de poder do movimento, enquanto que o "maioral", geralmente, está acima ou ao lado dele. A adesão de praticamente todos os jovens dessa geração ao que parece ser o "salvador", ou "messias" é imediata e, salvo alguns casos de resistência passageira, unânime. A adesão ao partido se dá de forma massiva e a sensação nesses jovens é de grande autossuficiência. Creem, esses jovens, terem encontrado a fórmula de ascender ao poder e lá, promover a tão desejada "correção do mundo".
Num primeiro momento, a reação popular é de total aprovação. Aparecem defensores intransigentes e a grande maioria se manifesta, de forma aparente ou não, favorável às ações daquele para parece ser, finalmente, o "messias" que tanto aguardavam.
Por outro lado, algumas características são comuns em todos os roteiros desse tipo de história e que denunciam a verdadeira natureza do embuste aos "mais atentos", ou os "resistentes": formação de grupos, de natureza "clandestina", que, praticamente, faz com que todos que deles fazem parte cantarem, mais ou menos, trechos de uma mesma cartilha. O resultado, aos olhos dos incautos, parece ser a manifestação de modos de natureza fashion. Termos e expressões que estão "na moda". A quem está atento, a aparência é de uma inequívoca conspiração. Mas qualquer manifestação nesse sentido é estigmatizada dentro da chamada "teoria da dita cuja, a conspiração".
Outra característica frequente do curso desse tipo de novela é o aparecimento de hostes truculentas nas bases do movimento. Se, de um lado, a truculência é sempre descartada pelo alto comando, e, na maioria das vezes, ocorre sem sua aprovação, por outro lado, ela serve de aglutinação. Grupos armados ou truculentos trazem a sensação de que se está "preparado" para a eclosão de uma eventual reação ao "movimento revolucionário". Oficialmente o alto comando desaprova a violência. Intimamente, sente-se "protegido".
Concentrações, passeatas e manifestações de cunho popular são frequentemente organizadas para "não se perder o élan do movimento". Uma eventual reação de conteúdo romântico pode catalizar um movimento nacional e insano de violência e perseguição. Aí está um ponto que ainda não se chegou no Brasil. Mas eu tenho certeza que os ideólogos do movimento, agora no poder, bem que sonham com uma manifestação dessas. Não descarto nem a eventualidade de uma "provocaçãozinha" para "empurrar" alguns "desgarrados". Nunca se deve desprezar essa possibilidade.
Encerrada a primeira parte, o "salvador" no poder, todos estão felizes. A sensação generalizada é que, finalmente, encontramos o caminho certo, que daqui para diante é só amor e felicidade. Não se pode culpar as pessoas desse sentimento. Afinal, é como na piada do "irlandês" caindo de um espigão, passando pelo 13o. andar: "so far, so good". Uma imagem bem apropriada, também, é de uma grande onda no mar. Enquanto subimos, a sensação é de poder infinito e infindável. Dá-se "caldos" em quem se preocupa com o abismo se formando à frente.
Nesse ponto, começam a aparecer algumas coisas que "não colam". Leis que atropelam o sentido do direito romano, esse taxado de anacrônico ou inadequado; medidas sociais de grande repercussão popular às custas de uma política de gestão mais responsável. Ocupação das instâncias de poder por "aliados" ou burocratas do partido. Um certo regozijo de classes tradicionalmente associadas ao atraso e à corrupção com o sistema implantado. O "salvador" começa a pronunciar discursos revelando uma certa crença na própria infabilidade. Em pouco tempo, ou na primeira oportunidade começa a fazer o país engolir certas medidas que vão contra o bom senso. Num primeiro momento, seus seguidores acatam as ordens por, eles mesmos, acreditarem na infabilidade do líder. Num segundo momento, porque são incapazes de afrontarem quem eles consideram acima do bem e do mal.
Aos poucos a insanidade se instala. O sistema começa a dar mostras de fadiga. É a descendência da onda. Para "explicar" os fracassos, geralmente botam-se a culpa, inicialmente, nos opositores do sistema, em seguida nos críticos, para, pouco a pouco, começarem a cortar da própria carne, a começar pelos menos protegidos. Sempre se tem, afinal, o expediente de botar a culpa em algum elemento externo, hoje em dia, os Estados Unidos, já que, para isso, não é preciso convencer ninguém, uma vez que, no inconsciente coletivo, os Estados Unidos são virtualmente culpados por tudo de ruim que se passa no mundo.
Chega-se a um ponto de rompimento. A saga de "Juvenal, o bom boi", da fábula "Fazenda Modelo", que Chico Buarque tão bem chupou de "Animal Farm", de George Orwell termina num grande caos. Na saga, o poder é passado a um porco. No "remake" de nosso filme, o poder é ocupado por uma espécie de síndico da massa falida, em um país devastado, com as pessoas sem eira nem beira. Via de regra, mais tarde esse síndico passará a ser amaldiçoado, mas isso já é outro filme.
Em poucas palavras, o argumento acima pode ser resumido na seguinte story line: um medíocre toma o poder, transforma-se em um canalha, e, sob o respaldo de um mar de gente idealista, vira ídolo, para levar a nação à ruína, mas quando as pessoas percebem, é tarde demais.
Ah! Gente como eu morre no meio. Não fica ninguém para dar sua versão da história.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Vaselina no sangue
Nessa história de injetarem vaselina por engano numa menina de 12 anos, em um hospital em São Paulo, eu implicaria a direção e os responsáveis da farmácia. Afinal, em pleno século XIX, acondicionam soro fisiológico e vaselina no mesmo tipo de frasco, com as mesmas conexões e rótulos semelhantes! É convite para esse tipo de acidente!
sábado, 27 de novembro de 2010
Carta Aberta a Arnaldo Bloch
Prezado Arnaldo,
Sua crônica de hoje é um tiraço na opinião do "acaba com tudo isso de uma vez e ficaremos felizes, livre dessa violência-bandidagem". Concordo com 99,9% de tudo o que você diz. Até a três parágrafos do final. É onde você expõe os motivos de sua crítica. O mercado ilegal das drogas. Não é que eu seja contra a liberação. Para ser sincero, não tenho opinião formada a respeito. Acho que o assunto é complexo demais para ser discutido em alguns parágrafos ou frases prontas.
Mas você me decepciona. Você vai fundo na questão da segurança, levanta opiniões de especialistas, conecta conceitos e informações para concluir, brilhantemente, que estamos muito, muito longe de uma solução.
Mas aí, termina por decretar a "solução definitiva"! Então é isso? Tudo se resolve com liberação das drogas? O que me faz espécie é que ao mesmo tempo em que você critica uma forma de pensar em resolver o problema, a utiliza logo em seguida para defender a "sua solução". Nossas mazelas são decorrentes do fato de, sendo de venda proibida, a violência aparece daí, da proibição das drogas. A liberação vai acarretar em uma diminuição da violência, já que se poderá comprar um "tapinha" na esquina, ou uma "carreirinha" na farmácia mais próxima, ou nas melhores casas do ramo. Não haverá espaço para exploração por bandidos e marginais. É isso, Arnaldo? Acho que eu estou perdendo alguma coisa. Me desculpe. Você vem e diz: "Reguladas, estas (as drogas) serão consumidas sob controle, como ocorre com o álcool e o tabaco". Sob controle?! Você acha que o álcool e o tabaco são produzidos sob controle? Isso mostra, Arnaldo, que você não tem parente ou pessoa próxima, de quem você depende, entregue ao vício do alcoolismo. Se você tivesse um pai, ou mãe alcoólatra, saberia o que é "controle do álcool". Se você tem, então é um tremendo mané. Não é possível que você não tenha um amigo, ou especialmente, amiga, que não consegue se livrar do vício do tabaco, se destruindo dia a dia. Controle, né?
Eu fico me perguntando se gente como você, defensor incondicional da liberação das drogas, imagina o que acontecerá com os atuais narco-traficantes. Acha que é "num passe de mágica"? Faltando o meio, acaba-se com a prática. É? Fico aqui pensando se Marcinho VP, Elias Maluco, Fernandinho Beira-Mar, e seus seguidores, frustrados com a "falta do mercado", vão passar a trabalhar como pedreiros, carpinteiros, padeiros... Tudo, é claro, após se formarem profissionais nas muitas escolas que surgirão, políticas sociais financiadas pelo dinheiro arrecadado dos impostos sobre as drogas. Gênio! Você sabe para onde vai o dinheiro arrecadado da venda dos cigarros? E das bebidas? Se sabe, me diga, Arnaldo. Eu duvido que vá para o tratamento das vítimas do vício. Que seja utilizado para financiar campanhas anti-tabaco ou álcool. Ou você chama essas propagandas tímidas anti-tabaco uma "campanha"? Quanto custa ao governo obrigar um anúncio de whisky a terminar com "beba com moderação"?
E é claro, drogas como crack e outros derivados tão ou mais nocivos, não terão mais espaço pois o consumidor vai ter a disposição produtos da melhor "qualidade" a venda no mercado oficial. É isso, Arnaldo? Consumidor de drogas prefere "o melhor"?
Finalmente, acho que você devia dar uma olhada não no mercado ilegal de drogas, mas sim, no de droga legalizada! Uma pesquisa no Colégio Santo Agostinho, Rio, constata que 30%, (veja bem, 30%) dos candidatos ao ingresso nessa escola são consumidores habituais de remédios de tarja preta. Ouvi que, na população brasileira em geral, essa porcentagem chega a 12% ou 17%, não sei ao certo, mas o que assusta é a cifra de dois dígitos. A psiquiatria atual, em sua nova terminologia/estratégia é um agente ativo na implantação das drogas na população.
Taí uma pequena amostra do que representa um mercado legal, Arnaldo. Dia a dia as coisas se degradam e não há sequer uma vírgula dedicada a respeito na grande imprensa. Mercado de drogas representa uma relação amo (o fabricante/vendedor) - escravo (o consumidor e viciado). Estamos no limiar de um novo tempo, "the dawning of the age of Acquarius", como preconiza a canção, agora novamente em voga, pela reapresentação de Hair. Uma era de retorno à escravidão. E não venha com o papo que, "se não der a gente volta a trás". Parece aquele que está prestes a detonar a bomba atômica: "se for muito forte, a gente interrompe a reação".
Vocês insistem em discutir de forma superficial a questão. Tenho medo de idiotas como você. Vocês detonam a bomba, e acham que estão fazendo o bem.
Sua crônica de hoje é um tiraço na opinião do "acaba com tudo isso de uma vez e ficaremos felizes, livre dessa violência-bandidagem". Concordo com 99,9% de tudo o que você diz. Até a três parágrafos do final. É onde você expõe os motivos de sua crítica. O mercado ilegal das drogas. Não é que eu seja contra a liberação. Para ser sincero, não tenho opinião formada a respeito. Acho que o assunto é complexo demais para ser discutido em alguns parágrafos ou frases prontas.
Mas você me decepciona. Você vai fundo na questão da segurança, levanta opiniões de especialistas, conecta conceitos e informações para concluir, brilhantemente, que estamos muito, muito longe de uma solução.
Mas aí, termina por decretar a "solução definitiva"! Então é isso? Tudo se resolve com liberação das drogas? O que me faz espécie é que ao mesmo tempo em que você critica uma forma de pensar em resolver o problema, a utiliza logo em seguida para defender a "sua solução". Nossas mazelas são decorrentes do fato de, sendo de venda proibida, a violência aparece daí, da proibição das drogas. A liberação vai acarretar em uma diminuição da violência, já que se poderá comprar um "tapinha" na esquina, ou uma "carreirinha" na farmácia mais próxima, ou nas melhores casas do ramo. Não haverá espaço para exploração por bandidos e marginais. É isso, Arnaldo? Acho que eu estou perdendo alguma coisa. Me desculpe. Você vem e diz: "Reguladas, estas (as drogas) serão consumidas sob controle, como ocorre com o álcool e o tabaco". Sob controle?! Você acha que o álcool e o tabaco são produzidos sob controle? Isso mostra, Arnaldo, que você não tem parente ou pessoa próxima, de quem você depende, entregue ao vício do alcoolismo. Se você tivesse um pai, ou mãe alcoólatra, saberia o que é "controle do álcool". Se você tem, então é um tremendo mané. Não é possível que você não tenha um amigo, ou especialmente, amiga, que não consegue se livrar do vício do tabaco, se destruindo dia a dia. Controle, né?
Eu fico me perguntando se gente como você, defensor incondicional da liberação das drogas, imagina o que acontecerá com os atuais narco-traficantes. Acha que é "num passe de mágica"? Faltando o meio, acaba-se com a prática. É? Fico aqui pensando se Marcinho VP, Elias Maluco, Fernandinho Beira-Mar, e seus seguidores, frustrados com a "falta do mercado", vão passar a trabalhar como pedreiros, carpinteiros, padeiros... Tudo, é claro, após se formarem profissionais nas muitas escolas que surgirão, políticas sociais financiadas pelo dinheiro arrecadado dos impostos sobre as drogas. Gênio! Você sabe para onde vai o dinheiro arrecadado da venda dos cigarros? E das bebidas? Se sabe, me diga, Arnaldo. Eu duvido que vá para o tratamento das vítimas do vício. Que seja utilizado para financiar campanhas anti-tabaco ou álcool. Ou você chama essas propagandas tímidas anti-tabaco uma "campanha"? Quanto custa ao governo obrigar um anúncio de whisky a terminar com "beba com moderação"?
E é claro, drogas como crack e outros derivados tão ou mais nocivos, não terão mais espaço pois o consumidor vai ter a disposição produtos da melhor "qualidade" a venda no mercado oficial. É isso, Arnaldo? Consumidor de drogas prefere "o melhor"?
Finalmente, acho que você devia dar uma olhada não no mercado ilegal de drogas, mas sim, no de droga legalizada! Uma pesquisa no Colégio Santo Agostinho, Rio, constata que 30%, (veja bem, 30%) dos candidatos ao ingresso nessa escola são consumidores habituais de remédios de tarja preta. Ouvi que, na população brasileira em geral, essa porcentagem chega a 12% ou 17%, não sei ao certo, mas o que assusta é a cifra de dois dígitos. A psiquiatria atual, em sua nova terminologia/estratégia é um agente ativo na implantação das drogas na população.
Taí uma pequena amostra do que representa um mercado legal, Arnaldo. Dia a dia as coisas se degradam e não há sequer uma vírgula dedicada a respeito na grande imprensa. Mercado de drogas representa uma relação amo (o fabricante/vendedor) - escravo (o consumidor e viciado). Estamos no limiar de um novo tempo, "the dawning of the age of Acquarius", como preconiza a canção, agora novamente em voga, pela reapresentação de Hair. Uma era de retorno à escravidão. E não venha com o papo que, "se não der a gente volta a trás". Parece aquele que está prestes a detonar a bomba atômica: "se for muito forte, a gente interrompe a reação".
Vocês insistem em discutir de forma superficial a questão. Tenho medo de idiotas como você. Vocês detonam a bomba, e acham que estão fazendo o bem.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Lula e o ENEM
Lula disse que o ENEM deu certo, apesar das críticas de quem sempre foi contra. Disse isso a respeito dessa lambança do INEP. Então é isso. O iletrado Lula, o simplório e "homem do povo", como se "povo" fosse sinônimo de ignorância e repugnância ao saber, termina por se revelar um canalha. Por que não estou surpreso?
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Cidadania à Brasileira
Hoje, 4 de outubro de 2010, um dia após as eleições, nas rádios, fala-se apenas delas. Análises, previsões, críticas, entrevistas, enfim, tudo é eleição. Não podia ser diferente dada a importância, cada vez mais consciente na cabeça dos brasileiros, que ela tem na nossa vida cotidiana. É verdade que o processo eleitoral brasileiro, apesar de toda a informatização, contém o que em estatística se chama "viés significativo", especialmente na escolha dos candidatos a cargo legislativo, em regime proporcional, mas isso são outros quinhentos.
O que quero falar é de uma cena revoltante que assisti vindo para o trabalho, no viaduto sobre a Av. Paulo de Frontin, Rio de Janeiro. Um pega entre dois ônibus da empresa Real, de números de registor 41069 e 41073. Era evidente que um queria ultrapassar o outro, e para isso executavam manobras que já seriam consideradas perigosas para um veículo de passeio: cortes, costuras, ultrapassagem pela direita etc.
Atrás dos veículos, novinhos em folha, um cartaz simpático pergunta: Como estou dirigindo? Ligue para 0800-886-1000. Assumo que falar pelo celular é um delito menos perigoso que o quê estava assistindo, tento ligar. Voz gravada avisa: "ligações desse aparelho não estão autorizadas".
Entro em meu escritório e pego o aparelho de telefone fixo. A voz gravada sugere que "em caso de reclamação ou sugestões, pressione 3". Uma atendente simpática pede meu nome (mas não diz o seu), avisa que o protocolo é oitenta e tanto e pergunta no que ela pode ajudar. Digo que quero denunciar um "pega" entre dois ônibus da empresa Real no viaduto sobre a Av. Paulo de Frontin. Ela responde que, para isso, eu devo fornecer dados para um cadastro completo, já que era a primeira vez que entrava em contato com a "Central de Atendimento ao Consumidor das Empresas de Ônibus Municipais do Rio de Janeiro", ou coisa parecida. Trata-se pois, nada mais, nada menos, que o sindicato patronal dos ônibus do Rio de Janeiro (aquele que apoiou com "tudo" que podia apoiar, nosso atual e re-eleito governador Sergio Cabral). Cadastro completo, significa dar RG, CPF, endereço residencial, de trabalho, enfim, toda a informação necessária para todo tido de pressão e constrangimento. Pergunto à paciente atendente, qual é a relevância do CPF e RG de alguém que assiste e denuncia um delito grave de trânsito de duas unidades de uma empresa que eles representavam. Ela responde que isso é imposição do decreto seis mil e não sei quanto. Pergunto a ela: "decreto de quem". Sem saber responder ela diz isso é norma do SAC. Pergunto a ela, que garantia ela me dá que os meus dados não vão parar na mão de quem deveria ser punido com a denúncia. Ela me responde que só uma pessoa teria acesso a essa informação. Pergunto, então, se ela poderia me fornecer os dados completos dessa pessoa, para eu poder me defender, se acaso submetido a constrangimento.
Fim do papo: se Sr. quer se manter anônimo, lique para o "Disque Denúncia". Ligar para o "Disque Denúncia" que vão receber meu depoimento em meio a denúncias de de tráfico, assassinatos e outros desmando que acontecem a três por dois no Rio.
Essa é a "cidadania à brasileira".
O que quero falar é de uma cena revoltante que assisti vindo para o trabalho, no viaduto sobre a Av. Paulo de Frontin, Rio de Janeiro. Um pega entre dois ônibus da empresa Real, de números de registor 41069 e 41073. Era evidente que um queria ultrapassar o outro, e para isso executavam manobras que já seriam consideradas perigosas para um veículo de passeio: cortes, costuras, ultrapassagem pela direita etc.
Atrás dos veículos, novinhos em folha, um cartaz simpático pergunta: Como estou dirigindo? Ligue para 0800-886-1000. Assumo que falar pelo celular é um delito menos perigoso que o quê estava assistindo, tento ligar. Voz gravada avisa: "ligações desse aparelho não estão autorizadas".
Entro em meu escritório e pego o aparelho de telefone fixo. A voz gravada sugere que "em caso de reclamação ou sugestões, pressione 3". Uma atendente simpática pede meu nome (mas não diz o seu), avisa que o protocolo é oitenta e tanto e pergunta no que ela pode ajudar. Digo que quero denunciar um "pega" entre dois ônibus da empresa Real no viaduto sobre a Av. Paulo de Frontin. Ela responde que, para isso, eu devo fornecer dados para um cadastro completo, já que era a primeira vez que entrava em contato com a "Central de Atendimento ao Consumidor das Empresas de Ônibus Municipais do Rio de Janeiro", ou coisa parecida. Trata-se pois, nada mais, nada menos, que o sindicato patronal dos ônibus do Rio de Janeiro (aquele que apoiou com "tudo" que podia apoiar, nosso atual e re-eleito governador Sergio Cabral). Cadastro completo, significa dar RG, CPF, endereço residencial, de trabalho, enfim, toda a informação necessária para todo tido de pressão e constrangimento. Pergunto à paciente atendente, qual é a relevância do CPF e RG de alguém que assiste e denuncia um delito grave de trânsito de duas unidades de uma empresa que eles representavam. Ela responde que isso é imposição do decreto seis mil e não sei quanto. Pergunto a ela: "decreto de quem". Sem saber responder ela diz isso é norma do SAC. Pergunto a ela, que garantia ela me dá que os meus dados não vão parar na mão de quem deveria ser punido com a denúncia. Ela me responde que só uma pessoa teria acesso a essa informação. Pergunto, então, se ela poderia me fornecer os dados completos dessa pessoa, para eu poder me defender, se acaso submetido a constrangimento.
Fim do papo: se Sr. quer se manter anônimo, lique para o "Disque Denúncia". Ligar para o "Disque Denúncia" que vão receber meu depoimento em meio a denúncias de de tráfico, assassinatos e outros desmando que acontecem a três por dois no Rio.
Essa é a "cidadania à brasileira".
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